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Fecho de estações dos CTT será “uma razia” no interior

“Estamos a falar do encerramento de todas as estações que não têm banco CTT e, em distritos com mais de vinte concelhos, ficam duas ou três estações. É destes números que estamos a falar, dessa razia por todo o território”, defendeu o dirigente bloquista Carlos Couto.
  • Rafael Marchante/Reuters
18 Outubro 2018, 09h49

O Bloco de Esquerda (BE) defendeu esta quinta-feira que o fecho de estações dos correios será “uma razia” no interior, deixando distritos inteiros com duas ou três estações e o encerramento de centenas que não tenham o banco dos CTT associado.

“Esta estratégia vai deixar a maior parte dos concelhos deste país sem serviço postal. Estamos a falar de uma redução de centenas de estações e a maior parte vai ser nos distritos do interior ou em concelhos de baixa densidade que, estando no litoral, sofrem dos mesmos problemas”, defendeu à Lusa o dirigente bloquista Carlos Couto.

As distritais do BE de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja realizam conferências de imprensa simultâneas, às 18:00, considerando que esses distritos serão os que “sofrem de forma mais violenta, no terreno, estes encerramentos”.

“Estamos a falar do encerramento de todas as estações que não têm banco CTT e, em distritos com mais de vinte concelhos, ficam duas ou três estações. É destes números que estamos a falar, dessa razia por todo o território”, defendeu o dirigente bloquista.

Carlos Couto, que integra o grupo de trabalho do Interior do Bloco de Esquerda, sublinha que a concessão está contratualizada até 2020 e que “o receio do BE é que, em 2020, já não haja estrutura para garantir o serviço postal público” e que “vá só cttsobrar um banco”.

O BE vai entregar novamente iniciativas legislativas para que o serviço regresse à esfera pública, referiu o dirigente.

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