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Fed deve manter taxas de juro na última reunião de Yellen

Após um crescimento de 2,6% no quarto trimestre e de um estímulo fiscal com a redução de impostos recentemente aprovada, pode justificar-se uma tendência para “o lado dos ‘falcões’ em 2018”.
  • REUTERS/Yuri Gripas
29 Janeiro 2018, 16h21

As taxas de juro norte-americanas devem permanecer inalteradas após a reunião de política monetária de quarta-feira da Reserva Federal (Fed), que será a última para a presidente do banco central, Janet Yellen.

Apesar de serem poucas as hipóteses de uma alteração das taxas de juro, os analistas salientam que este ano haverá várias mudanças de membros do comité de política monetária da Fed, o que poderá levar a um aumento do campo dos ‘falcões’, os que querem subir mais depressa as taxas.

Após um crescimento de 2,6% no quarto trimestre e de um estímulo fiscal com a redução de impostos recentemente aprovada, pode justificar-se uma tendência para “o lado dos ‘falcões’ em 2018”, afirmou à AFP a economista Diane Swonk, com quatro aumentos dos juros ao longo do ano, em vez dos três previstos até agora.

Tim Duy, um especialista em Fed e professor de economia em Oregon, considerou, por outro lado, que três subidas são suficientes. “A inflação continua baixa e mesmo que suba e que fique acima do objetivo de 2%, a Fed deve evitar uma reação excessiva”, explicou.

O comunicado que será divulgado na quarta-feira após a reunião será cuidadosamente analisado para ver se os membros do banco central dos Estados Unidos dão sinais do que vão fazer na próxima reunião, em março.

“Talvez digam qualquer coisa sobre uma revisão em alta do crescimento ou insistam em vigiar a inflação”, sinal de que pode haver um gesto em março, indicou Joel Naroff, um economista independente.

A economia tem tido um desempenho considerado bom, com uma taxa de desemprego que é a mais baixa em 17 anos (4,1%) e um ritmo de crescimento anual que acelerou (2,3% em 2017 depois de 1,5% no ano anterior).

A inflação (atualmente em 1,8%) tem, no entanto, tardado em aproximar-se de 2%, o nível “ideal” definido em 2012 pelo banco central, por ser equivalente à estabilidade de preços e favorável à economia.

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