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Fed mantém taxa de juro diretora inalterada e alerta que a atividade económica e o emprego ainda estão abaixo dos níveis pré-Covid

A Reserva Federal norte-americana manteve a ‘federal funds rate’ inalterada no internavo de entre 0% e 0,25% e vão manter-se assim até que o banco central esteja “confiante de que a economia tenha enfrentado os eventos recentes e no caminho de alcançar o pleno emprego e a estabilidade dos preços”.
29 Julho 2020, 19h09

Não há duas sem três: a Reserva Federal norte-americana (Fed) voltou a manter a federal funds rate inalterada no intervalo de entre 0% e 0,25% esta quarta-feira, o que já tinha acontecido depois das reuniões sobre política monetária de abril e junho.

As taxas de juro vão manter-se neste nível até que a Fed esteja “confiante de que a economia tenha enfrentado os eventos recentes e no caminho de alcançar o pleno emprego e a estabilidade dos preços”, diz o banco central em comunicado, numa decisão unânime entre os membros do FOMC.

A última alteração às taxas de juro, que a colocou nos níveis atuais, aconteceu depois da reunião extraordinária de março do Federal Open Market Committee (FOMC), que é o órgão que decide o rumo da política monetária dos Estados Unidos, após o embate inicial da crise da Covid-19 na economia norte-americana

A Fed decidiu em linha com o esperado pelos analistas que não antecipavam mexidas na taxa de juro diretora, mas salientaram que Jerome Powell, presidente do banco central, tem alertado para os riscos macroeconómicos e sinalizado que a instituição está pronta a agir novamente se for necessário.

O FOMC não deu indicações sobre o que seria necessário para alterar a federal funds rate. O mercado tinha antecipado um reforço do forward guidance que indicasse as métricas no emprego e na inflação que poderiam despoletar uma alteração das taxas de juro, algo que não sucedeu. A Fed disse que “o caminho da economia vai depender de forma significativa do curso do vírus”.

O banco central disse que registou uma ligeira melhoria da economia nos últimos meses, mas permanece em níveis inferiores face ao período antes da crise da Covid-19. “Depois de contrações [económicas] profundas, a atividade económica e o emprego retomaram ligeiramente nos últimos meses, mas permanecem abaixo dos níveis do início do ano”, lê-se no comunicado.

A Fed explicou ainda que a “fraca procura” e “preços do petróleo significativamente mais baixos” estão a pressionar a inflação. Ainda assim, realçou que, “no geral, as condições financeiras melhoraram nos últimos meses, refletindo em parte as medidas de apoio à economia e o fluxo do crédito para as famílias e as empresas”.

O FOMC anunciou ainda que vai manter o programa de compra de obrigações e os programas de concessão de crédito e de liquidez que integram um vasto pacote de apoio à economia para mitigar as pressões da Covid-19. Além disso, prolongou as linhas de liquidez de swap até março de 2021.

(atualizada às 19h21 com mais informação)

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