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Federação Nacional dos Médicos saúda aprovação da nova Lei de Bases da Saúde

“A lei hoje aprovada vem substituir uma Lei de Bases da Saúde que, desde 1990, desvirtuou os princípios fundadores do SNS, legalizou o desvio dos dinheiros públicos para financiar negócios privados e, por esta via, promoveu o brutal desinvestimento nos serviços públicos de saúde”, lê-se num comunicado enviado às redações pela FNAM.
  • Ilya Naymushin/Reuters
19 Julho 2019, 17h33

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) saúda a nova Lei de Bases da Saúde, que foi aprovada esta sexta-feira na Assembleia da República. A FNAM elogia a decisão dos deputados de aprovar uma lei que “vem privilegiar a gestão pública” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recorrendo ao setor privado e social “de forma supletiva e temporária”.

“A lei hoje aprovada vem substituir uma Lei de Bases da Saúde que, desde 1990, desvirtuou os princípios fundadores do SNS, legalizou o desvio dos dinheiros públicos para financiar negócios privados e, por esta via, promoveu o brutal desinvestimento nos serviços públicos de saúde”, lê-se num comunicado enviado às redações pela FNAM.

A FNAM alerta, no entanto, para a “necessidade inadiável de uma integral redinamização do SNS”, bem como do aprofundamento do seu contributo para o reforço do Estado Social e da Coesão Social e de uma política de adequada valorização dos recursos humanos. A federação dos médicos apela ainda à concretização da reversão integral das medidas ruinosas da troika, e a elaboração imediata de uma política de investimento no SNS.

“A FNAM, reafirma a sua posição de princípio, que sempre norteou a sua intervenção política, sindical e cívica, de que a Carreira Médica de cunho humanista e de elevado nível de diferenciação técnico-científica está indissoluvelmente ligada a um SNS de qualidade e ao serviço dos cidadãos”, concluem.

A nova Lei de Bases da Saúde foi esta sexta-feira aprovada na Assembleia da República, após um acordo à esquerda entre o PS, PCP e BE. O texto final aprovado em plenário remete a questão das parcerias público-privadas (PPP), que levou a um impasse nas negociações entre partidos, para ser resolvida, num prazo de seis meses, o que vai arrastar a discussão para a próxima legislatura.

O diploma recebeu os votos a favor do PS, PCP, BE, PEV e PAN e os votos contra do PSD e CDS-PP.

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