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Feira Internacional de Macau abre com mais de 180 empresas portuguesas

A delegação portuguesa que veio com a AJEPC é constituída por 196 empresas de língua portuguesa, das quais 180 são nacionais. Desta comitiva fazem parte universidades, associações, federações, empresas e startups. Entre os expositores desta comitiva estão a Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra, empresas como a Casa Angola, Golden Visa, Quinas e Bsports, entre outras.
18 Outubro 2018, 10h03

Inaugurou esta quinta-feira a 23.ª Feira Internacional de Macau (FIM) e a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa 2018 (PLPEX), no Hotel Venetian, em Macau, que tem o propósito de contribuir para a dinamização do intercâmbio e cooperação internacional em termos económicos e comerciais, especialmente a cooperação bilateral de investimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

A Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, que se realiza em  simultâneo com a Feira, atrai mais de 250 empresas oriundas do Interior da China, Macau, Hong Kong e dos oito países de língua portuguesa. A PLPEX é organizada pelo IPIM (Instituto de Promoção do Investimento e Comércio de Macau) e coorganizada pela AJEPC (Associação de Jovens Empresários Portugal-China), liderada por Alberto Carvalho Neto.

A delegação portuguesa que veio com a AJEPC é constituída por 196 instituições e empresas de língua portuguesa, das quais 131 são nacionais. Desta comitiva fazem parte universidades, associações, federações, empresas e startups (das quais duas venceram prémios da AJEPC). Entre os expositores desta comitiva estão a Universidade de Aveiro, Universidade de Coimbra, empresas como a Casa Angola, Golden Visa, Quinas e Bsports, entre outras.

A AJEPC organizou uma business matching area com a finalidade de promover negócios e networking entre as empresas participantes. Mas a PLPEX reúne outras empresas portuguesas com interesses em Macau e China.

Entre estas empresas encontra-se a Super Bock, detida pela Viacer SGPS, atualmente controlada pelo Grupo Violas. A China é o maior mercado exportador da Super Bock em todo o mundo.

A Super Bock Macau, filial da empresa portuguesa tem uma rede de distribuição em Macau, China, Hong Kong e Taiwan. Segundo João Torres, diretor comercial da Super Bock na Ásia, a empresa opera a partir de Macau (onde conta com 2.000 distribuidores) e começou a exportar para a China há 12 anos.

Na China, a cerveja portuguesa Super Bock é vendida como produto premium, e a empresa criou ainda a Super Bock Gold, exclusiva para o mercado chinês. Aí, a Super Bock é comercializada através de um contrato comercial com um importador comercial chinês.

Macau é uma plataforma de ligação entre a China e os países de língua portuguesa, o que explica a importância da PLPEX e da FIM para o tecido empresarial português. Leong Vai Tac, secretário para a economia e do governo para a Região Autónoma Especial de Macau, no seu discurso de inauguração da FIM, explicou que a feira serve como “uma ponte para as empresas locais e do interior da China se expandirem para o exterior e atraírem investimento estrangeiro”. O governante macaense acrescenta que “a FIM proporciona uma plataforma de emparelhamento para as empresas dos países de língua portuguesa, dos países e regiões abrangidos pela iniciativa ‘Uma Faixa,Uma Rota’ (belt and road) e ‘Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”.

O único banco português com  representação oficial na Feira Internacional de Macau, desde 2016, é o Crédito Agrícola. Surpreendentemente a CGD, dona do BNU em Macau (banco emissor de moeda), não faz parte dos expositores da feira.

Este certame, que se realiza todos os anos, tem uma média de seis mil visitantes, segundo os dados dados do ano passado. A organização espera que, este ano, o número de visitantes supere os anteriores.

(Atualizada)

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