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Fernando Medina considera que “faz todo o sentido” que se realize a Festa do Avante

O autarca de Lisboa considera que os eventos devem adaptar-se à situação de pandemia que se vive no país e realizar-se numa lógica de reabertura “gradual”, em coordenação com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS).
1 Setembro 2020, 10h28

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, defendeu esta segunda-feira que “faz todo o sentido” a realização da Festa do Avante. O autarca de Lisboa considera que os eventos devem adaptar-se à situação de pandemia que se vive no país e realizar-se numa lógica de reabertura “gradual”, em coordenação com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Faz todo o sentido fazer a Festa do Avante”, afirmou o autarca socialista, no seu espaço de comentário semanal na TVI24. “Este vírus [da Covid-19] veio para ficar e nenhum de nós quer regressar a um confinamento total. O trabalho que há a fazer – e que nós coletivamente temos vindo a fazer – é ir adaptando todas as nossas atividades da vida quotidiana à situação específica da pandemia”.

Segundo Fernando Medina, tal como outros eventos, a Festa do Avante deve acontecer “desde que se definam e sejam cumpridas regras de segurança que reduzam os riscos e que estejam de acordo com aquilo que a DGS emite”. “Tem sido assim com a abertura dos espaços comerciais, com as salas de espetáculos, com as feiras do livro, com a praia, com o desporto… Gradualmente vamos aprendendo as regras da DGS”, sublinhou.

No caso da Festa do Avante, o autarca socialista destacou que se trata de “uma organização de um partido político que tem, na Constituição e na lei, uma salvaguarda especial assegurada ou decorrente do próprio funcionamento da vida democrática”, pelo que não se justificam “os pronunciamentos políticos” que ultrapassaram os limites e levaram a uma “tentativa de condicionamento do PCP na realização da Festa do Avante”.

Sobre essas “tentativas de condicionamento político” de que o PCP foi alvo, Fernando Medina apontou o dedo ao líder do PSD, Rui Rio. “Rui Rio foi longe de mais. Aquilo que diz passa bastante para lá daquilo que é um requisito de exigência de regras sanitárias e entrou num domínio que pode ser criticável – e o PCP fê-lo e, no meu ponto de vista, com razão – de tentativa de condicionamento de uma ação livre de carácter político-cultural”

“Se percebo bem os receios, não compreendo e não aceito os pronunciamentos políticos que manifestamente passaram todos os limites do ponto de vista da a tentativa de condicionamento do PCP na realização da Festa do Avante”, salientou o presidente da Câmara de Lisboa.

Fernando Medina desejou que “corra tudo bem e segurança” na festa comunista, que começa na próxima sexta-feira, dia 4 de agosto, na Quinta da Atalaia, no concelho do Seixal, e termina no domingo, dia 6, e saudou o trabalho realizado pela autoridade de saúde e pelo partido liderado por Jerónimo de Sousa: “Elogio a DGS pela qualidade das normas que emitiu relativamente a este evento e à forma como o PCP as acatou”.

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