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Parecer sobre a Festa do Avante: DGS admite que existe um “risco real” de contágios

Depois de ter dito que não iria divulgar publicamente o relatório, a DGS liderada por Graça Freitas decidiu divulgar as regras sanitárias para a Festa do Avante que ainda será alvo de uma vistoria prévia pelas autoridades de saúde. O evento vai ter uma lotação máxima de 16.563 pessoas. Álcool só até às 20 horas, com exceções para as refeições.
  • Flickr/Festa do Avante
31 Agosto 2020, 14h01

A Direção-Geral de Saúde (DGS) admite no seu parecer técnico que existe o risco de contágios na Festa do Avante, que decorre de 4 a 6 de setembro no concelho do Seixal, distrito de Setúbal.

“No contexto atual da epidemia em Portugal e, em particular, na AML, em situação de contingência, verifica-se, pois, um risco real de que, durante o evento, circulem pessoas infetadas, com ou sem sintomas”, pode-se ler no parecer, que foi hoje finalmente divulgado.

“A componente social subjacente ao evento, acarreta grande mobilidade dos participantes e comportamentos de proximidade, sendo a partilha tendencialmente inevitável, assim como a participação de membros de várias gerações, o que implica a potencial exposição de pessoas que pertencem a grupos mais vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2”, alertou a autoridade de saúde.

A festa está também limitada a uma lotação máxima de 16.563 pessoas em simultâneo, muito abaixo das 100 mil pessoas que habitualmente passam diariamente pelo recinto

Já o consumo de bebidas alcoólicas é permitido até às 20 horas, com as exceções a verificarem-se somente durante as refeições.

A DGS também estipulou um distanciamento físico de, pelo menos, dois metros entre pessoas, em todos os espaços do recinto, exceto se forem coabitantes.

O relatório também recomenda que todas as pessoas com mais de 10 anos de idade devem usar máscara em todo o recinto.

Neste cenário, o evento organizado pelo PCP vai ter uma área de isolamento para os casos suspeitos de Covid-19, segundo o parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado por esta entidade.

“Se for detetado um caso suspeito (…) deve o mesmo ser acompanhado por um só trabalhador/colaborador para a área de isolamento, garantindo que ambos têm a máscara devidamente colocada e cumprindo os circuitos definidos no Plano de Contingência”, pode-se ler no documento.

“A(s) sala(s) de isolamento deve(m) ter disponível um kit com água e alguns alimentos não perecíveis, SABA, toalhetes de papel, máscaras cirúrgicas e acesso a instalação sanitária de uso exclusivo”, estipula a DGS.

Nestas situações “deve ser contactada, de imediato, a Autoridade de Saúde territorialmente competente, dando cumprimento às indicações recebidas”. e “devem ser cumpridos os procedimentos definidos no Plano de Contingência e garantida a limpeza e desinfeção da área de isolamento”.

A DGS também aponta que “será efetuada vistoria prévia, nos termos da lei, pela Autoridade de Saúde
territorialmente competente” à Festa do Avante.

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