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Fiji alertam Austrália para impacto das alterações climáticas

O primeiro-ministro das ilhas Fiji, Frank Bainimarama, advertiu esta sexta-feira o homólogo australiano, Scott Morrison, que as alterações climáticas representam uma “enorme ameaça” ao país e às ilhas do Pacífico.
18 Janeiro 2019, 07h44

O primeiro-ministro das ilhas Fiji, Frank Bainimarama, advertiu esta sexta-feira o homólogo australiano, Scott Morrison, que as alterações climáticas representam uma “enorme ameaça” ao país e às ilhas do Pacífico, noticiou a imprensa local.

“De onde estamos, não conseguimos imaginar como é que os interesses de uma única indústria podem ser colocados acima do bem-estar do povo do Pacífico”, argumentou Bainimarama, de acordo com a emissora australiana ABC, aFijiludindo à indústria do carvão na Austrália.

O governante falava na capital, Suva, num evento de conclusão da visita de Morrison à região.

“Aqui, nas Fiji, as alterações climáticas não são uma brincadeira”, apontou Bainimarama, que governa as ilhas Fiji desde o golpe de estado que liderou em 2006 como chefe das Forças Armadas.

Em resposta, Morrison assegurou que a Austrália vai manter as metas de redução de gases poluentes.

“Assumimos compromissos sólidos relativamente à redução de emissões [de gases poluentes], temos mantido e vamos mantê-los”, retorquiu, acrescentando que o país já investiu muito em trabalhos de proteção ambiental, nomeadamente nas ilhas do Pacífico.

A Austrália comprometeu-se a reduzir as emissões entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005 até 2030, mas um relatório recente da Nações Unidas, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, indicou não terem sido registadas “melhorias na política climática da Austrália desde 2017”.

As ilhas Fiji, assim como outras nações insulares do Pacífico, são particularmente vulneráveis às alterações climáticas devido à subida do nível do mar, que polui a água potável e arruína colheitas.

Antes da visita oficial às Fiji, Scott Morrison esteve em Vanuatu, tornando-se no primeiro líder australiano a fazê-lo desde 1990.

Estas deslocações inserem-se na tentativa de Camberra de contrariar a crescente influência na região da China, que, desde o ano passado, tem prometido investir e financiar infraestruturas. A presença chinesa tem sido ainda marcada pelo arranque de missões diplomáticas e pelo aumento da presença militar.

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