O candidato à presidência do CDS-PP Filipe Lobo d’Ávila apresentou-se aos congressistas reunidos em Aveiro como sendo capaz de ultrapassar a enorme divisão entre as hostes de João Almeida e de Francisco Rodrigues dos Santos, que marcou o primeiro dia dos trabalhos. “Sou o único que é capaz de contribuir para a união deste partido”, diz o antigo secretário de Estado, que fez uma avaliação extremamente negativa de um “clima de crispação que há muito não via no nosso CDS”.
“Não é assim que o CDS voltará a ter utilidade no país e nas escolhas dos portugueses”, disse Filipe Lobo d’Ávila, que citou Adelino Amaro da Costa, lembrando que o fundador do partido dizia que a moderação política é um estilo que “pressupõe saber ouvir sem dogmatismo nem preconceito e saber falar sem retórica nem demagogia”.
Muito aplaudido no final da sua intervenção, Lobo d’Ávila confirmou que levará a sua moção a votos nesta madrugada e será candidato à presidência no domingo. “A escolha é vossa: união ou divisão. Estou pronto com todos para fazer a minha parte”, disse quem se assumiu como um candidato “pela mudança, pela moderação e pela credibilidade do partido”.
Dirigindo-se a “congressistas livres e soltos, que votam com a nossa consciência”, o candidato apelou aos seus voto, “porque o CDS é muito melhor do que isto que vimos hoje”.
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