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Final da Champions League em Lisboa deverá gerar impacto económico de 50 milhões

Os responsáveis do estudo recordam que a final da ‘Champions’ de 2019 teve uma audiência televisiva de 400 milhões de espetadores e mil milhões de interações nas redes sociais, ganrantido que mesmo sem a existência de público nos estádios, são esperados 16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes na final a decorrer na capital portuguesa.
27 Julho 2020, 15h31

A realização da fase final da ‘Champins League’ no próximo mês de agosto na cidade de Lisboa deverá gerar um impacto de cerca de 50 milhões de euros para a economia nacional, segundo um estudo realizado pelo IPAM – Instituto Português de Administração e Marketing.

Segundo as previsões do IPAM, o impacto desse evento desportivo deverá ascender a 50,4 milhões de euros, sendo que 49% deverá beneficiar refeições ‘in home’ e ‘outdoor’.

Os responsáveis do IPAM recordam que a final da ‘Champions’ de 2019 teve uma audiência televisiva de 400 milhões de espetadores e mil milhões de interações nas redes sociais, ganrantido que mesmo sem a existência de público nos estádios, são esperados 16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes na final a decorrer na capital portuguesa.

“Lisboa foi a cidade escolhida pela UEFA para acolher sete jogos, envolvendo oito equipas na competição, entre 12 e 23 de agosto – uma competição que pela primeira vez realizar-se-á sem a assistência de público nas bancadas dos estádios, mas com 16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes na final. Um número que integra os 600 elementos das comitivas das equipas, 400 jornalistas, mil pessoas de ‘staff’ de apoio à competição, a par de mil convidados da UEFA, 200 elementos de produção de televisão e 42 elementos das equipas de arbitragem”, refere um comunicado do IPAM.

No entender dos responsáveis, “o estudo do IPAM propôs-se a avaliar e caracterizar o potencial impacto económico em Portugal da ‘final 8’ da Liga dos Campeões 2019/20 a disputar em Lisboa, assim como compreender a origem deste impacto e a sua influência nos diferentes setores de atividade, bem como analisar o alcance mediático global da final da Liga dos Campeões”.

“Para a cidade que acolhe a final da Liga dos Campeões as vantagens serão várias. Para além do potencial de visibilidade que a cidade e o país beneficiam, existe um conjunto de impactos económicos diretos devido a estes sete jogos. Ao nível do impacto económico, está previsto que 49% seja atribuído ao ‘in home’ e ‘outdoor eating and drinking’. Destaca-se ainda oa alojamento, 13%; viagens, 9%; atividades turísticas, 5%; hospitalidade, 4%; compras,  3%, diversão, 3%; ‘catering’, 3%; ativação de ‘sponsors’, 3%; e eventos especiais, 3%. A logística, outros serviços e segurança, combinados, representam 5% do impacto económico para o país”, explicam os analistas do IPAM.

Estes responsáveis sublinham que, “também devido ao atual contexto, a Final da ‘Champions League’ deste ano terá um formato inédito que originará estadias mais longas do que a final tradicional de um dia, o que implicará que as comitivas das equipas finalistas fiquem alojadas em Lisboa durante um período de 15 dias ininterruptos”.

“O impacto mediático dos jogos será muito forte e representa uma extraordinária campanha de promoção para Portugal, uma vez que a final de 2019 teve uma audiência de 400 milhões de espetadores em 217 países e gerou mil milhões de interações nas redes sociais, um recorde de ‘performance’ digital. A televisão continua a assegurar mais de 70% da audiência total, apesar da forte procura pelos serviços de ‘streaming’ pelo público desportivo em todo o mundo, constituindo a final da Liga dos Campeões uma oportunidade muito positiva para os anunciantes alcançarem o público de futebol em grande escala. Em média, os telespectadores da Liga dos Campeões assistem a mais de uma hora da final, embora a tendência nos últimos anos tenha vindo a diminuir”, assinala o referido comunicado do IPAM.

O IPAM recorda ainda que, em termos comparativos, a final de 2014 da Champions gerou 46 milhões de euros de impacto económico em Lisboa, enquanto que a Final 8 de 2020 com sete jogos sem público pode atingir os 51 milhões de euros.

O estudo do IPAM foi realizado pelo Gabinete de Estudos de Marketing para Desporto do IPAM, sob a coordenação do Prof. Daniel Sá.

O modelo científico utilizado pelo IPAM neste estudo assenta na definição de seis momentos distintos de impacto, caracterização e quantificação dos indicadores económicos, relação com a realidade social e económica do país, introdução do fator de relação associado ao poder de compra do país.

Daniel Sá, responsável técnico do estudo, é director executivo do IPAM.

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