A 30 de setembro de 2019, o investimento global da Flexdeal SIMFE em instrumentos de capital das suas sociedades participadas ascendia a 14,8 milhões de euros. No ano contabilístico que vai de 1 de outubro de 2018 até fim de setembro de 2019, os resultados líquidos atingiram os 877,3 mil euros. O resultado antes de impostos foi de 778,2 mil euros.
Por outro lado, o resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA) foi de 825,976 mil euros (aumento de 42,5% num ano).
Na composição do portfólio de investimento, as sociedades participadas dedicadas a atividades de comércio representavam 73% do total de investimentos, enquanto as participadas dedicadas à indústria correspondiam a 27%, refere a empresa. Os ramos de atividade mais representativos eram o Comércio – Vestuário (27,5% do total), Indústria Têxtil (19,6%), Comércio – Calçado (12,1%), Comércio – Prestação de Serviços (12,1%) e Comércio – Máquinas (5,8%). Em conjunto, estes cinco ramos de atividade correspondiam a 77,1% do total de investimentos.
A empresa destaca uma maior dispersão dos investimentos pela exposição em novos setores de atividade, nomeadamente no comércio – aluguer máquinas e equipamentos (3,5% do peso total), comércio – produção de espetáculos (2,5%) e comércio – organização de eventos (2,4%).
A Flexdeal é uma sociedade de investimento mobiliário para fomento da economia (SIMFE) e foi a primeira empresa existente em Portugal resultante da iniciativa governamental Capitalizar.
Nas suas contas a Flexdeal diz que no período de 1 de outubro de 2018 a 30 de setembro de 2019, foram adquiridas participações de capital em 15 novas sociedades, tendo também ocorrido um desinvestimento integral em 5 sociedades. Assim, a 30 de setembro, “a Flexdeal detinha participações de capital em 37 sociedades, apresentando uma melhor performance face ao período homólogo”, lê-se no comunicado.
Os proveitos da Flexdeal derivam essencialmente dos rendimentos obtidos através dos instrumentos financeiros que detém.
“No período compreendido entre 1 de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2019, o total de rendimentos gerados foi de 1.960.957,62 euros, no qual se inclui o valor dos rendimentos relativos a prémios de 1.926.175,93 euros. A este valor acrescem 475.551,84 euros relativos a prestação de serviços” relata a empresa.
O total de prestação de serviços e outros rendimentos afetos à atividade teve um aumento
de 58% num período anual. Já os investimentos atingiram os 14,8 milhões de euros (+22% face a igual período do ano passado). “Assinalam-se ainda rendimentos a reconhecer no futuro, sobre investimentos celebrados no decurso do exercício, no montante de 421.439,81 euros”, adianta a sociedade.
A estrutura de custos da Flexdeal foi essencialmente determinada pelos gastos com pessoal, que “representaram no período um montante global de 935.854,51 euros (56,32% dos gastos totais)”.
“Os restantes gastos da sociedade incluem sobretudo os fornecimentos e serviços externos (FSE), que atingiram os 482.359,89 euros (29,03% dos gastos)”, diz a Flexdeal que acrescenta que “em conjunto, os gastos com pessoal e os FSE ascenderam a 1.418.214,40 euros, correspondendo a 85,35% do total”. O total de gastos foi de 1.661.727,04 euros, revela a empresa.
A este valor acresceu um benefício fiscal associado à remuneração convencional do capital social em consequência do aumento de capital realizado e um ativo por imposto diferido relativo às imparidades para investimentos financeiros.
Em termos de aplicação de resultados, a Flexdeal efetuou uma proposta de distribuição de dividendos de 60% (526.364,62 euros) dada a natureza da sua atividade.
“Foram constituídas imparidades de 190.273,29 euros (11,45% dos custos)”, reporta a Flexdeal.
O Ativo Total da Flexdeal ascendeu a 17,5 milhões de euros. O Capital Próprio atingiu os 17,2 milhões de euros.
A empresa vai celebrar o seu primeiro ano cotada em bolsa, no próximo mês em dezembro. A sua autonomia financeira é de 98,4%.
A Flexdeal divulgou as suas contas esta semana depois de aprovadas em Conselho de Administração, liderado por Alberto Amaral, e vão ser deliberadas em AG no dia 16 de dezembro de 2019.
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