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FMI aprova instrumento para apoiar Cabo Verde nas reformas

 O novo Instrumento de Coordenação de Políticas do Fundo Monetário Internacional estará a funcionar entre julho de 2019 a janeiro de 2021.
16 Julho 2019, 20h30

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o Instrumento de Coordenação de Políticas (PCI na sigla inglesa) para Cabo Verde. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia que fala de um programa para países reformistas.

“Este não é um instrumento habitual. Até hoje, quatro países, incluindo Cabo Verde, foram contemplados com este programa. Primeiro Seicheles, segundo Servia, terceiro Ruanda e agora Cabo Verde. Trata-se de um programa para países reformistas, com um bom registo a nível das reformas, bom quadro macro económicos, que promova a estabilidade e com um nível de crescimento acima da média”, disse o governante.

De acordo com vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, este PCI é consequência do pedido do país ao FMI para apoiar o país na implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (2017/2021), que faz parte do programa do governo aprovado no parlamento.

“O Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável procura desenvolver um turismo inclusivo em benefício de todas as ilhas, mas que também procura transformar Cabo Verde numa plataforma de distribuição de tráfico aéreo e num centro de transformação de negócios e ao mesmo tempo criar uma plataforma financeira internacional e desenvolver uma plataforma digital de inovação tecnológica, expandir os serviços dos transportes marítimos e de investimentos local”, explicou Olavo Correia.

Para o porta-voz do executivo cabo-verdiano, este novo quadro de relacionamento com o Fundo Monetário Internacional é sinal que este acredita na visão estratégica de desenvolvimento de Cabo Verde de reduzir a vulnerabilidade do pais e melhorar as perspetivas de crescimento. “Trata-se de um apoio técnico para ajudar o país a desenhar as reformas, não é financeiro porque Cabo Verde não precisa”, referiu, refutando a ideia de que o arquipélago teve de comprometer-se junto do FMI de não contrair mais dívida pública.

“Não há nenhuma imposição do FMI em relação a qualquer critério adicional, o que há aqui é o governo se comprometer em relação ao seu próprio programa, isso é bom para todos, uma vez que o governo comprometeu-se em concretizar o que prometeu aos cabo-verdianos”, defendeu o ministro.

O novo Instrumento de Coordenação de Políticas do FMI estará a funcionar entre julho de 2019 a janeiro de 2021.

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