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FMI espera “ambiciosa reforma fiscal” do governo de Bolsonaro

“Até agora temos ouvido reformas que vão na direção certa”, afirmou à agência noticiosa Efe Krishna Srnivasan, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, sublinhando que se espera uma “ambiciosa reforma fiscal”.
  • Bogdan Cristel/Reuters
1 Novembro 2018, 17h25

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou esta quinta-feira que as propostas do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, vão na “direção certa”, mas que é necessário fazer uma “ambiciosa reforma fiscal”.

“Até agora temos ouvido reformas que vão na direção certa”, afirmou à agência noticiosa Efe Krishna Srnivasan, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, sublinhando que se espera uma “ambiciosa reforma fiscal”.

A nova administração do país deve focar-se numa “reforma nas pensões”, precisou o responsável do FMI, sublinhando que esse trabalho é “importante para manter a sustentabilidade fiscal e a própria sustentabilidade do sistema de pensões”.

Bolsonaro já anunciou a nomeação do economista liberal Paulo Guedes como futuro titular do Ministério da Economia, que agregará as Finanças, Planeamento e Desenvolvimento e Indústria.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro defendeu que uma política económica liberal de redução do peso do Estado, através de privatizações e concessões, saneamento das contas públicas e abertura económica do Brasil.

Acerca das tensões comerciais e riscos de escalada de protecionismo a nível global, Srnivasan recordou que o Brasil “é uma das maiores economias da região e é relativamente fechada”, mas tem existido um “impulso para abrir mais a economia”.

“Esperamos que esse impulso continue” com o novo Governo, acrescentou.

Nas últimas previsões globais do mês passado, o FMI reduziu o crescimento estimado para o Brasil a 1,4% em 2018 e para 2,4% em 2019, ou seja mais de quatro décimas abaixo do calculado em julho.

Bolsonaro vai assumir os comandos do país a 01 de janeiro, sucedendo a Michel Temer, ao vencer a segunda volta das eleições com 55% dos votos, face aos 44 % obtidos pelo progressista Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).

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