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FMI vai ser “mais intrusivo” nas finanças públicas dos países que ajuda

A garantia foi dada pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, este domingo, que adianta que o FMI está a preparar a primeira revisão desde 1997, com novas regras sobre a intervenção nos países com um programa de ajuda financeira.
23 Abril 2018, 09h41

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai passar a ser mais intrusivo nas finanças públicas dos países que ajuda. A garantia foi dada pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, este domingo, que adianta que o FMI está a preparar a primeira revisão desde 1997, com novas regras sobre a intervenção nos países com um programa de ajuda financeira.

“Vamos ser mais intrusivos, os departamentos orçamental e jurídico já têm autorização do conselho de administração do Fundo para irem mais fundo na análise das finanças públicas dos países e exigirem cópias dos contratos, por exemplo”, afirmou Christine Lagarde, no último dia dos Encontros da Primavera, em Washington.

Christine Lagarde explica que “quando descobrimos dívidas que aparecem fora do Orçamento, ou quando percebemos que há negócios laterais na indústria extrativa, telecomunicações ou construção, geralmente os setores mais permeáveis à corrupção, isso dá-nos uma boa causa para parar de emprestar e precisamos de clareza total e cópia dos contratos, e então só podemos continuar se tivermos conhecimento total e o Governo tem de tomar ações concretas antes de voltar a receber ajuda”.

O novo programa de avaliação e divulgação da transparência das contas públicas dos países vai funcionar, numa primeira fase, em regime de voluntariado, em 19 países. Entre eles estão o Reino Unido, Paraguai e Benim, que aplaudiram a medida do FMI. Christine Lagarde acrescentou ainda que há 40 países que estão “a beneficiar de ajuda técnica do FMI sobre medidas contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”.

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