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Fórum para a Competitividade antecipa retoma do PIB entre 1% e 4% em 2021

Em dezembro, o Governo aprovou o aumento do salário mínimo nacional para os 665 euros. Segundo esta instituição, “é imprudente”, pois seria “preferível criar um escalão negativo de IRS destes trabalhadores, embora, no curto prazo, isso custasse um pouco mais aos cofres do Estado”.
  • Rafael Marchante/Reuters
5 Janeiro 2021, 15h35

O Fórum para a Competitividade antecipa uma retoma do Produto Interno Bruto (PIB) português entre 1% e 4% este ano, uma subida do consumo privado entre 1% e 4% e um aumento do desemprego entre 8% e 10% devido ao fim dos apoios extraordinários criados para combater os ‘estragos’ da pandemia.

Para a instituição presidida por Pedro Ferraz da Costa, 2021 ainda é um ano de “elevada incerteza e as fragilidades portuguesas (contas públicas, dependência de Espanha e turismo” e deverá notar-se uma queda da poupança por parte dos portugueses.

Na nota de conjuntura 56, referente a dezembro, este fórum destaca ainda que os indicadores macroeconómicos dos últimos dois meses apontam para que a economia portuguesa terá sofrido uma contração no quarto trimestre, o que contribuiu para que, no conjunto do ano (2020), o PIB tenha caído entre 8% e 10%.

“A taxa de crescimento média anual da nossa economia no período 2011-2020 terá sido negativa (aproximadamente -0,1%). Uma década de destruição de riqueza. Algo inédito desde que há registos oficiais. Entretanto, a dívida pública terá subido de 100% para 136% do PIB”, aponta o gabinete de estudos desta entidade, no documento divulgado esta terça-feira.

Em relação ao turismo, o Fórum para a Competitividade questiona-se sobre a criação de uma nova contribuição sobre o transporte aéreo, sobretudo num contexto de crise deste sector e de “dificuldade de recuperação” da TAP.

No final de dezembro, o Governo aprovou o aumento do salário mínimo nacional para os 665 euros, o que corresponde a mais 30 euros por mês do que o valor anterior. Segundo este fórum, “é imprudente subir o salário mínimo”, pois seria “preferível criar um escalão negativo de IRS destes trabalhadores, embora, no curto prazo, isso custasse um pouco mais aos cofres do Estado”.

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