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França: Economia com o pior resultado desde o fim da Segunda Guerra Mundial

Pelos cálculos do regulador da banca gaulesa, cada período de quinze dias de confinamento da população representará uma diminuição de 1,5 pontos percentuais no PIB de França.
8 Abril 2020, 12h53

Em pleno combate aos efeitos negativos económicos gerados pela pandemia da Covid-19, a França registou o pior desempenho trimestral da economia em 75 anos. O produto interno bruto gaulês terá caído cerca de 6%, o pior resultado desde 1945, ano que marcou o fim da II Guerra Mundial, segundo estimativas do Banco de França, publicadas esta quarta-feira, 8 de abril.

A queda abrupta do PIB francês no primeiro trimestre de 2020 está diretamente relacionado com efeitos do confinamento dos franceses, devido à Covid-19. Pelos cálculos do regulador da banca gaulesa, cada período de quinze dias de confinamento da população representará uma diminuição de 1,5 pontos percentuais no PIB.


No comunicado do Banco de França, citado pela agência noticiosa francesa AFP, um tombo desta magnitude só é comparável com o recuo de 5,3% registado no segundo trimestre de 1968, devido à contestação social no Maio de 1968 que levou à paralisação da maioria do aparelho produtivo francês.

Segundo a AFP, os dados oficiais mostraram, anteriormente, que a economia daquele país encolheu 0,1% nos últimos três meses de 2019, o que significa que, com dois trimestres consecutivos de decréscimo, o país está agora tecnicamente em recessão.

De acordo com os cálculos do Banco de França para o primeiro trimestre, estima-se uma diminuição de 32% na atividade da economia do país. O recuo é mais vísivel e intenso nas áreas da construção civil, no comércio, transportes, alojamento e restauração, bem como na indústria.

Agricultura, indústria agroalimentar, energia e serviços financeiros são as áreas menos afetadas.

Atualmente, o Estado francês contabiliza mais de 110 mil infetados pelo novo coronavírus. O número de vítimas mortais por Covid-19 supera as 10.320 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 80 mil.

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