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França vai proibir voos onde exista a possibilidade de utilização do comboio

O governo francês decidiu suspender voos que possam ser realizados em duas horas e meia através de comboio. A medida parte de um projeto de lei sobre clima e resiliência.
12 Abril 2021, 13h10

O parlamento francês votou a favor da suspensão dos voos domésticos que em alternativa possam ser feitos por comboio, como parte de um conjunto de medidas climáticas e ambientais, segundo o “The Guardian”.

Depois de um acalorado debate na Assemblée Nationale no fim de semana, a França decidiu avançar com a suspensão de voos domésticos em casos em que seja possível fazer o percurso, mas de comboio. A decisão significa o fim dos curtos voos internos do aeroporto de Orly, ao sul de Paris, para Nantes e Bordeaux, entre outros. No entanto, os voos de conexão pelo aeroporto Charles de Gaulle / Roissy, ao norte da capital francesa, vão continuar.

A comissão climática criada por Macron tinha recomendado inicialmente a suspensão de todos os voos entre destinos franceses onde existia uma viagem de comboio direta alternativa de menos de quatro horas. Na versão final da medida, o tempo foi reduzido para duas horas e meia após fortes objeções de certas regiões do país e da Air France-KLM, que, como outras companhias aéreas, foi fortemente atingida pelas restrições locais e internacionais da Covid-19 sobre viagens.

O ministro dos transportes de França, Jean-Baptiste Djebbari, justificou que o governo optou pelas “duas horas e meia porque com as quatro horas correríamos o risco de isolar territórios sem litoral”. A medida parte de um projeto de lei sobre clima e resiliência e foi aprovada apesar da oposição de vários partidos, que referiu que a proposta teria um “custo humano desproporcional” e alertou sobre a perda de empregos no setor aéreo.

Além da França, a Holanda tem vindo a tentar, desde junho de 2013, proibir voos domésticos de curta duração. Na Áustria, o governo introduziu um imposto de 30 euros para as passagens aéreas para voos de menos de 217 milhas (350 km) em junho passado e a proibição de voos domésticos que poderiam ser feitos em menos de três horas de comboio.

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