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Francesa Engie estará a preparar oferta pela EDP Renováveis

A proposta poderá acontecer na oferta de uma OPA concorrente à lançada pelos chineses da China Three Gorges ou numa oferta pelos ativos nos EUA.
25 Junho 2018, 17h47

A empresa francesa Engie estará a preparar uma oferta para adquirir a EDP Renováveis, segundo uma notícia da agência Bloomberg, a que o Observador teve acesso. A proposta poderá acontecer na oferta de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) concorrente à lançada pelos chineses da China Three Gorges (CTG) ou numa oferta pelos ativos nos EUA.

A oferta do grupo francês pela empresa liderada por João Manso Neto (atualmente detida em 82,6% pela EDP) será no valor de 7,3 mil milhões de euros.

A notícia acontece mais de um mês depois de a CTG ter oferecido 7,33 euros por ação da EDP Renováveis. O conselho de administração da eólica considerou que a contrapartida oferecida pela CTG “não traduz de forma adequada o valor” da empresa, tendo alertado que “as potenciais implicações e desfechos regulatórios, em particular aqueles que poderão afetar a atividade nos Estados Unidos, não são claros e poderão ter impacto na estratégia e perspetivas de crescimento da EDP Renováveis”.

A empresa chinesa justificava que a oferta corresponde um prémio de cerca de 10,8% em relação ao preço médio ponderado das ações no mercado nos últimos seis meses anteriores à presente data, que é de cerca de 2,94 euros por ação.

Esta não é a primeira vez que a Engie mostra interesse pelo grupo português. Em abril do ano passado passado, foi dado conta de que a francesa Engie  estava interessado na aquisição da elétrica nacional liderada por António Mexia. Segundo o jornal francês BFM, Isabelle Kocher, líder do grupo francês, e António Mexia chegaram até a estar  em contacto.

Em maio, o Jornal Económico confirmou junto de fonte próxima ao Executivo de António Costa que a OPA da CTG serve para travar os “apetites” de várias eléctricas, onde se inclui também a espanhola Endesa e a italiana Enel, dado que, frisa, “cada uma à sua maneira dizia que partia a EDP aos bocados”. Com os chineses, conclui, “Portugal continua a ser uma espécie de epicentro” para a eléctrica nacional.

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