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Frederico Varandas: “Não há necessidade de entrada de investidores” no Sporting

Presenciou o ataque à academia de Alcochete e após sete anos como médico do clube, Frederico Varandas diz que se sente preparado para assumir a presidência do Sporting Clube de Portugal.
  • Cristina Bernardo
16 Agosto 2018, 06h50

Aos 39 anos, o antigo diretor clínico do Sporting Clube de Portugal viveu de perto os meses de turbulência que levaram às eleições. Foi o primeiro a assumir e a formalizar a candidatura e promete um perfil de liderança diferente de Bruno de Carvalho. Em entrevista ao Jornal Económico, Frederico Varandas dispensa a entrada de investidores e coloca o foco em duas vertentes: recompra das VMOC e reestruturação do passivo. No seu entender, garantir a maioria da SAD é a melhor maneira de assegurar os interesses do Sporting.

Que motivos o levam a candidatar-se a presidentedo Sporting?

Por não me rever mais no rumo que o clube escolheu tomar. Cresci a ser Sporting, conheço muito bem os seus valores e senti que no último ano houve um desvio daquela que é a nossa identidade e ADN. Não podia continuar a fazer parte daquela estrutura. Mesmo sendo apenas um funcionário, tive que assumir a responsabilidade de ser a pessoa mais capaz, pelo conhecimento que tenho. Neste espírito de missão, acredito que posso pôr o Sporting no patamar que merece, quer no ponto de vista desportivo, quer de valores e dignidade. Estes últimos três meses foram horríveis para quem ama e sente o clube. Não sou mais que qualquer outro sócio. Sou apenas um sócio no momento e com o conhecimento certo, com a força, paixão e competência necessária para pôr o Sporting a vencer.

Sente que a experiência como diretor clínico do clube lhe dá alguma vantagem?

Totalmente. Em novembro de 2007, quando entrei no Vitória de Setúbal, passei a perceber o que é o futebol. Não tenho dúvida nenhuma que todos os candidatos gostam de futebol, mas gostar é diferente de perceber. Estou há 11 anos na ‘casa das máquinas’, sete dos quais no Sporting. Perceber de futebol é perceber o que faz um team manager, um diretor desportivo, um secretário técnico, qual o perfil ideal para um treinador, que competências deve ter. Qual a simbiose entre a equipa técnica e o departamento de scouting, e como deve ser montado esse departamento. Durante sete anos conheci esta ‘casa das máquinas’ como a minha mão. E houve três treinadores (Marco Silva, Leonardo Jardim e Jorge Jesus) que passaram pelo clube e quiseram levar-me com eles e não é apenas por eu ser um bom médico. É de como vivo e percebo o futebol, e aqui há uma grande diferença para os outros candidatos, porque aquele que ganhar vai chegar ao clube e vai ter que ter uma curva de aprendizagem e o Sporting não tem tempo para isso, porque tem um peso de 16 anos sem vencer títulos no futebol sénior. Quero um clube que continue a vencer nas modalidades, mas passe a ganhar no futebol.

 

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