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Galiza vai reunir-se com autoridades nacionais para avaliar situação epidemiológica de Portugal

Encontro acontecerá nos próximos dias. Ministério dos Negócios Estrangeiros diz “não existe qualquer classificação de Portugal como “país de risco” por parte da Comunidade Autónoma da Galiza”.
29 Julho 2020, 16h48

As autoridades de saúde portuguesas e o governo regional da Galiza vão se reunir nos próximos dias para avaliar a situação epidemiológica em ambos os territórios. De acordo com o comunicado emitido, esta quarta-feira, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) será feita uma “troca de informações sobre a situação epidemiológica nível nacional e nas diferentes regiões Portugal, facilitando e clarificando a diferenciação regional”.

Além do contacto frequente entre os dois agentes, o MNE esclarece que será feita uma troca de “informação atualizada” de forma “permanente” sobre a evolução da situação em Portugal, designadamente na região Norte do país, uma vez que é a zona geograficamente contigua à Galiza.

A informação chega um dia depois de a região autónoma galega ter classificado Portugal como um “país com alta incidência epidemiológica”. Sobre esta categorização, o MNE nega a integração de Portugal nessa lista, argumentando que “não existe qualquer classificação de Portugal como “país de risco” por parte da Comunidade Autónoma da Galiza”.

Os esclarecimento ocorre após uma reunião entre o embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes, e o presidente da junta da Galiza, Alberto Nuñez Feijóo, em que “num ambiente de franca amizade”, se esclareceu as decisões tomadas pela Junta da Galiza, relativamente à entrada de cidadãos portugueses naquela Comunidade Autónoma de Espanha.

Segundo publicado ontem no “Diário Oficial da Galiza”, os viajantes provenientes de Portugal e de cinco comunidades do norte de Espanha que visitem a Galiza terão, a partir de hoje, de fazer um registo em que fornecem os contactos.

O registo pode ser feito através de um número de telefone (0034 881 002 021) ou um formulário disponível ‘online’ na página oficial do Sergas, o Serviço Galego de Saúde. Aos trabalhadores transfronteiriços – quer portugueses na Galiza quer galegos em Portugal – basta preencher o documento da primeira vez que cruzem a fronteira, deixando em branco o campo da “data prevista de saída”.

No comunicado de hoje, o MNE dá conta “que o mecanismo de comunicação estabelecido para os cidadãos que entram na Galiza não significa, nem poderia significar, qualquer restrição, impedimento, condicionamento à livre circulação de cidadãos portugueses no território” e que “este mecanismo funcionará numa base voluntária, numa lógica de responsabilidade cívica”.

A nota enfatiza que a finalidade da criação deste mecanismo “é, apenas e só, obter informação prestada pelos próprios cidadãos para facilitar acesso à rede de cuidados de saúde da Galiza, tratando-se de um sistema em tudo semelhante ao passenger locator form a que Portugal também recorre”, explica.

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