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Galp corta mil milhões em despesas e investimento com petróleo a afundar 50%

A queda acentuada do preço do petróleo levou a petrolífera portuguesa a anunciar a redução de custos e investimento até ao final de 2021. O preço do barril desceu 50% no espaço de quatro meses.
8 Abril 2020, 07h34

A Galp vai reduzir as despesas operacionais e o investimento em mais de 500 milhões de euros por ano durante 2020 e 2021.

“Considerando a queda acentuada da procura e dos preços dos produtos petrolíferos, a Galp encontra-se a desenvolver ações com vista a reduzir significativamente as despesas nos próximos trimestres”, segundo a empresa.

O barril de Brent, a referência para Portugal, fechou o ano de 2019 a valer 66 dólares, hoje, quatro meses depois, sofreu uma quebra de 51% e está a negociar nos 32,42 dólares.

“Algumas das iniciativas estão já em curso, sendo outras implementadas de acordo com a evolução do mercado”, de acordo com o comunicado.

A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva também anunciou hoje os resultados operacionais do primeiro trimestre. A produção de petróleo subiu 17% para 131,4 mil barris diários.

O Brasil produziu um total de 115,6 mil barris diários, registando um aumento anual de 13% na produção. Já Angola produziu 13,3 mil barris diários, mais 62% face a período homólogo.

Já as margens de refinação caíram 19% em termos anuais e 43% face ao trimestre anterior para 1,9 dólares por barril. O número de matérias primas processadas subiu 18%, enquanto a venda de produtos petrolíferos a nível grossista subiu 13%.

No retalho, a a venda de produtos petrolíferos a clientes desceu 13% face ao ano anterior, com a venda de gás natural a afundar 24%, com estas quebras a acontecerem devido à Covid-19. “A diminuição de vendas de produtos petrolíferos e gás natural refletem as condições do mercado verificadas a partir de março”, segundo a Galp.

Por sua vez, a venda de eletricidade subiu 7% devido ao “aumento do número de clientes na Península Ibérica”.

A Galp apresenta os seus resultados financeiros trimestrais a 27 de abril antes da abertura da bolsa de Lisboa.

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