Depois de ontem ter sido exceção na Europa, a Bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira, dia 4 de fevereiro, com ganhos. O principal índice bolsista nacional terminou o dia com uma subida de 0,75%, para os 5.264,14 pontos, impulsionado pela recuperação da Galp Energia (à boleia do petróleo) e do retalho.
A petrolífera nacional disparou 2,69%, para 13,69 euros, enquanto a Jerónimo Martins e a Sonae subiram 1,58% (para 15,78 euros) e 2,17% (para 0,85 euros), respetivamente. No PSI-20 destacaram-se ainda títulos como os dos CTT – Correios de Portugal (+1,37%), do BCP (+1,67%) e da Mota-Engil (+2,10%).
Por outro lado, cotadas como a NOS (-0,35%), a F.Ramada (-1,41%) ou a Sonae Capital (-1,16%) fecharam em contraciclo.
As restantes praças do ‘Velho Continente’ terminaram o dia igualmente no ‘verde’ e com ganhos superiores a 1 e 2%. O índice alemão DAX subiu 1,84%, o britânico FTSE 100 cresceu 1,56%, o francês CAC 40 avançou 1,76%, o holandês AEX disparou 2,20%, o espanhol IBEX 35 somou 1,61% e o italiano FTSE MIB ganhou 1,64%. O Euro Stoxx 50 ficou marcado por uma valorização de 1,93%.
Os preços do petróleo estão hoje a recuperar, depois das fortes quedas dos últimos dias. A cotação do barril de Brent sobe 1,31%, para 54,94 dólares, enquanto a cotação do crude WTI avança 1,34%, para 50,58 dólares por barril.
“Esta matéria-prima tem estado a ser bastante monitorizada pelos investidores, na medida em que tem oscilado de acordo com as notícias sobre o coronavírus”, referem os analistas do CaixaBank/BPI Research, numa nota de mercado publicada esta tarde.
André Neto Pires, da XTB, lembra que os membros da OPEP reúnem-se hoje e amanhã para analisar o impacto deste surto no mercado do ‘ouro negro’. “Num segundo encontro, a 14 e 15 de fevereiro, o grupo poderá definir novas metas para os cortes de produção, podendo representar um corte extra de 500 mil barris por dia, no sentido de conter a queda do preço”, antecipa.
Quanto ao mercado cambial, o euro deprecia 0,15% face ao dólar (1,1041) e a libra esterlina “valoriza” 0,24% perante a divisa dos Estados Unidos (1,3024).
“Em termos macroeconómicos, amanhã o fluxo de referências aumenta, dado que o Brasil irá cortar as taxas de juro (Selic -25 pontos base, para 4,25%) e serão divulgados PMI no Japão, China, Índia, Reino Unido e União Europeia, que poderão melhorar um pouco”, assinalam ainda os analistas do banco espanhol Bankinter.
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