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Galp põe PSI 20 em alta em contraciclo com queda das praças europeias

As ações da Galp foram as estrelas da sessão ao subirem 2,16% para 16,780 euros. Isto num dia em que o petróleo está a disparar no mercado de futuros. Europa fechou em queda.
  • Stringer/Reuters
24 Setembro 2018, 17h21

Depois de 10 sessões de ganhos o EuroStoxx 50 fecha a cair 0,60% para 3.410,27 pontos. A Europa fechou maioritariamente em terreno negativo, no dia em que entram hoje em vigor as novas tarifas dos EUA e China.

A excepção foi Lisboa. As ações da Galp foram as estrelas da sessão ao subirem 2,16% para 16,780 euros. Isto num dia em que o petróleo está a disparar no mercado de futuros.

O presidente norte-americano tinha pedido medidas para contenção na escalada da cotação do petróleo mas na reunião do último fim de semana da OPEP a Arábia Saudita e a Rússia descartaram um aumento adicional imediato na produção, e por causa disso os preços do petróleo estão hoje a reagir com nova escalada, avançando mais de 2%. O Brent referência na Europa subiu quase 3% (2,99% para 81,16 dólares o barril) e o Crude nos Estados Unidos valoriza 2,43% para 72,5 dólares.

A Altri, a Semapa e a EDP são outras ações em alta de mais de 1%. A empresa de Paulo Fernandes ganhou 1,72% para 8,3 euros; a Semapa (dona da Navigator) subiu 1,29% 17,320 euros; e a EDP valorizou 1,27% para 3,265 euros.

O BCP ganhou 0,92% para 0,2533 euros.

Em terreno negativo destaca-se a Mota-Engil que fechou nos 2,075 euros (-2,12%) isto num dia em que se soube que Mota-Engil e a Concor vão construir a segunda maior ponte no continente africano, com uma distância entre torres de 580 metros (Msikaba Bridge, na África do Sul); a Corticeira Amorim fechou em queda de 1,89% para 11,420  euros; a Sonae Capital que fechou nos 0,753 euros  (-1,70%);  a Navigator que ao contrário da Altri fechou negativa (4,258 euros caindo -1,39%); e destaque ainda para a Jerónimo Martins que fechou nos 12,690 euros (-1,44%).

Hoje foi notícia que a Sonae Capital quer fechar a compra dos ginásios Urbanfit.

Os CTT também fecharam em queda (-0,53% para 3,354 euros).

Lá fora, o FTSE de Londres caiu 0,42% para 7.458,4 pontos; o francês CAC deslizou 0,33% para 5.476,17 pontos; o alemão DAX caiu 0,64% para 12.350,8 pontos; o espanhol IBEX caiu 0,81% para 9.512,8 pontos e o italiano FTSE MIB desceu 0,91%.

Em termos macroeconómico destaque para a confiança dos empresários alemães com recuo mais suave que o previsto. O Indicador de sentimento empresarial alemão IFO desceu de 103,8 para 103,7 em setembro, o que ainda assim foi melhor do que o estimado pelos analistas (103,2).

A confiança na situação atual manteve-se, com o indicador a ficar nos 106,4 (estimava-se 106). A componente de leitura de Expectativas para os próximos meses desceu (leitura passou de 101,3 para 101,0, estimava-se 100,5.

Segundo o analista do BCP Ramiro Loureiro, “Mário Draghi ainda deu algum otimismo à banca mas foi sol de pouca dura”.

“O Presidente do BCE vê a inflação subjacente recuperar de forma “vigorosa”, discurso acompanhado de comentários positivos sobre os salários. A apreciação do euro e a queda das bunds levaram à interpretação de que a subida dos juros é um cenário mais próximo. A banca, até teve uma primeira reação positiva, mas que acabou por esmorecer”, diz o analista.

O euro valoriza 0,20% para 1,1772 dólares.

Ao nível da dívida soberana a dívida alemã disparou 4,8 pontos base para 0,51%; a dívida italiana subiu 11,9 pontos base para 2,949%. Os juros da República portuguesa subiram 2,9 pontos base para 1,898% e Espanha vê os juros subirem 2,9 pontos base para 1,524%.

 

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