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Galp: Vendas de produtos petrolíferos afundam mais de 40%

A pandemia da Covid-19 teve um forte impacto nas vendas e na produção das refinarias de Sines e de Matosinhos da companhia no segundo trimestre deste ano. A petrolífera registou imparidades de 100 milhões de euros na produção de petróleo, que registou uma subida de 19% entre abril e junho.
13 Julho 2020, 07h45

A pandemia da Covid-19 provocou um forte impacto negativo na operação da Galp no segundo trimestre. A petrolífera sofreu quedas de dois dígitos nas vendas e também na produção das refinarias, apesar de ter registado um aumento na produção.

As vendas de produtos petrolíferos pela Galp – que inclui vendas de combustível tanto ao nível grossista como retalhista – afundaram 43% no segundo trimestre face a período homólogo para 2.526 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

Ao mesmo tempo, as duas refinarias da petrolífera em Sines e Matosinhos produziram menos 49% no segundo trimestre face a período homólogo para 13,4 milhões de barris diários.

Durante este período, a margem de refinação da companhia liderada por Carlos Gomes da Silva recuou para dois dólares por barril, menos um dólar face a período homólogo.

Já a produção de petróleo da companhia registou um aumento de 18% para 130,3 mil barris por dia, com o Brasil a ser responsável pela maioria desta produção (117,6 mil barris diários) seguido por Angola (12,7 mil barris diários).

Segundo a empresa, dois navios plataforma (FPSO) no Brasil registaram paragens na produção durante o segundo trimestre devido a casos positivos de Covid-19, mas a produção subiu devido à “maior contribuição de Lula e Berbigão/Sururu”, duas das áreas que a petrolífera portuguesa explora no Brasil.

A companhia anunciou que registou imparidades no valor de 100 milhões de euros “relacionada com ativos de exploração de menor escala, refletindo uma reavaliação do potencial dos prospetos”.

Nas vendas de gás natural e de eletricidade, a Galp também registou quebras de 38% e de 14% respetivamente.

A produção de energia renovável recuou 10% para 6,4 gigawatts hora na única central eólica detida pela empresa com uma potência de 12 megawatts.

A empresa aponta que os seus projetos de solar fotovoltaicos ainda estão “em desenvolvimento” e que a “conclusão da aquisição dos projetos de solar fotovoltaicos em Espanha” está prevista para o terceiro trimestre deste ano.

A Galp apresenta os seus resultados financeiros do segundo trimestre no dia 27 de julho antes da abertura da bolsa de Lisboa.

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