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Ganhos do BCP e papeleiras impulsionam bolsa nacional

O principal índice nacional, PSI 20, ganha 0,33% para 5.602,40 pontos, impulsionado pelo BCP e pelas papeleiras.
  • Alex Grimm/Reuters
5 Junho 2018, 14h16

A bolsa nacional negoceia esta terça-feira, dia 5 de junho, em terreno positivo, a meio da sessão, acompanhando o otimismo das praças europeias. O principal índice nacional, PSI 20, ganha 0,33% para 5.602,40 pontos, impulsionado pelo BCP e pelas papeleiras.

A Corticeira Amorim lidera os ganhos, ao registar uma valorização de 2,28% para 11,660 euros. O BCP segue de perto a cotada e sobe 2,10% para 0,272 euros. O banco liderado por Nuno Amado está a ser beneficiado por uma revisão em alta pelo Deutsche Bank, que atribui um preço-alvo de 0,33 euros por ação ao banco e elevou a recomendação para buy.

“A nível empresarial o BCP mostra-se animado em território nacional por uma recomendação de compra dada pelo Deutsche Bank, que o considera como uma “boa oportunidade” e atrativo relativamente aos seus pares na banca Ibérica, elogiando a redução de NPEs [non-performing exposures] mais célere que o previsto”, explica Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium Investment Banking.

As papeleiras estão também a prolongar ganhos. A Semapa soma 2,05% para 22,450 euros, a Navigator avança 0,54% para 5,595 euros e a Altri valoriza 0,50% para 8,040 euros. 

Em terreno positivo negoceiam também a Sonae (1,53%), a Ibersol (0,91%), a NOS (0,17%), a Pharol (0,37%), a REN (0,17%), a Sonae Capital (0,32%).

Em contraciclo destaca-se a Jerónimo Martins, que terá apresentado a melhor proposta para a compra de cadeia de lojas Piotr i Pawel, superando a oferta da rival Auchan. No entanto, a cotada está a reagir em baixa, desvalorizando 0,84% para 13,580 euros. A cair estão também as ações da EDP (-0,26%), Galp Energia (-0,59%), Mota-Engil (-1,03%), CTT (-0,07%) e F. Ramada (-0,99%).

Nas restantes bolsas europeias, o índice alemão DAX soma 0,53%, o francês CAC 40 ganha 0,19%, o holandês AEX aprecia 0,39% e o espanhol IBEX 35 sobe 0,03%. Em contraciclo, o britânico FTSE 100 perde 0,57% e o italiano FTSE MIB desvaloriza agora 0,60%.

Ramiro Loureiro indica que é uma manhã de otimismo a que se vive nas praças europeias, “mesmo após a revelação de que a atividade global na região da moeda única contraiu pelo quarto mês consecutivo em maio”. “Os investidores estão mais focados no ritmo apresentado nos EUA, onde às 15h o indicador ISM Serviços deve mostrar uma aceleração no setor que pesa cerca de três quartos da economia norte-americana, após três meses de abrandamento”, acrescenta.

“A Fed tem feito saber que a inflação está no trilho certo, colocando o ritmo de subida de juros do outro lado do Atlântico mais dependente do ritmo económico norte-americano, um fator com importância cambial. Essa é uma das principais razões para o mercado europeu estar tão focado nos EUA”, explica. “É que num ambiente de arrefecimento económico o câmbio ganha preponderância pelo impacto sobre as receitas que as multinacionais obtêm no exterior em dólares e consolidam nas suas contas em euros”.

No mercado petrolífero, o Brent perde 1,14% para 74,43 dólares e o crude WTI cai 0,26% para 64,58 dólares.

No mercado cambial, o euro recua 0,30% para 1,166 dólares e a libra ganha 0,38%, para 1,336 euros.

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