[weglot_switcher]

Garland prevê chegar aos 120 milhões de faturação em 2017

No primeiro semestre deste ano, a empresa nacional de logística deverá ter registado um crescimento da atividade de 5,3% face ao período homólogo do ano passado.
30 Junho 2017, 20h12

A empresa de logística Garland prevê chegar aos 120 milhões de euros de faturação em 2017.

No primeiro semestre deste ano, a empresa liderada por Peter Dawson, estima registar um crescimento de 5,3% na atividade face ao período homólogo de 2016, um crescimento motivado pelo impulso do negócio no mercado nacional.

Recorde-se que o grupo Garland fechou um ciclo de investimento de 12 milhões de euros em 2017.

Desde 2012, um ano após a entrada do FMI em Portugal, “a Garland investiu aproximadamente 11 milhões de euros em instalações logísticas, infraestruturas e em tecnologias de informação (TI), “com vista a tornar a empresa mais competitiva num setor cada vez mais concorrencial e global, o qual deverá ficar concluído no próximo ano com mais um milhão de euros a investir”, explica um comunicado da empresa.

De acordo com o documento, “esta estratégia tem permitido ao grupo português, uma das principais empresas nacionais de transportes, logística e navegação, manter uma média de crescimento de 6,8% nos últimos três anos”.

Em 2016, o volume de negócios foi de 112 milhões de euros e, no primeiro semestre do ano, é já 5,3% superior ao alcançado em período homólogo.

Até ao final deste mês, o Grupo Garland estima faturar sensivelmente 58,4 milhões de euros, dos quais 7,9 milhões de euros foram gerados em território nacional tem registado, mais 8% que em período homólogo de 2016.

No final deste ano, a empresa quer chegar aos 120 milhões de euros de faturação e a um crescimento superior a 5%; “resultados que espera alcançar em função de um primeiro quadrimestre animado pelo crescimento das exportações nacionais sobretudo para mercados como o norte-americano”, destaca o referido comunicado.

Em 2016, o setor de transportes e logística foi o que mais concorreu para os resultados alcançados, mais precisamente para um total de faturação de 62,8 milhões de euros, mais 7,5% que em igual período do ano anterior, tendo esta área de negócio representado 56,1% do volume de negócios alcançado.

“Com um crescimento de 2,75% comparativamente a 2015, a Garland conseguiu contornar os efeitos de alguns acontecimentos negativos, que marcaram o setor. Recorde-se que o transporte marítimo de mercadorias tem tido um crescimento muito moderado, tendo Portugal enfrentado a contestação no porto de Lisboa. De assinalar ainda o crescimento de quase 20% da Garland no transporte aéreo de mercadorias para exportação no nosso país, em contraciclo com o setor que registou um decréscimo”, acrescenta o comunicado da Garland.

Aproximadamente 14% da faturação da Garland em 2016 provêm já da internacionalização, um processo com que o grupo arrancou apenas em 2014 com a abertura, em maio, da delegação de Marrocos (na altura, em parceria com a Naxco, e, há cerca de um ano, a solo) e, em outubro, das filiais espanholas em Valência e Barcelona.

Peter Dawson, presidente do conselho de administração do Grupo Garland, justifica que “temos vindo sempre a crescer acima dos 5% ao ano”.

“Em 2015, chegámos aos 11,2%. Sabíamos que, em 2016, também cresceríamos mas mais moderadamente. Por um lado, a Garland está a fechar um ciclo em que investimos muito no negócio, sobretudo ao nível de construção e remodelação de instalações logísticas e de adoção de tecnologias de informação. Por outro, o setor atravessou um ano complicado”, recorda Peter Dawson.

Em 2016, a Garland movimentou 23 mil camiões internacionais e foi responsável por mais de 194 mil serviços de transporte de mercadorias terrestre.

Com 793 mil toneladas carregadas, a empresa movimentou 170 mil paletes, mais de dois milhões de peças de vestuário penduradas e mais de 8,5 milhões de caixas.

Cerca de 1.150 toneladas foram transportadas pela empresa por via aérea.

No ano passado, a Garland atendeu ainda 700 navios e movimentou 225 mil TEUS (medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento).

A Garland destaca ainda que “o ano de 2016 foi marcado pela greve dos estivadores do porto de Lisboa, que concorreu para a extinção de algumas linhas de navegação a escalar o porto da capital”.

“A angariação de novas representações e a reativação da linha HDS do Irão permitiram-nos crescer ligeiramente no mercado nacional. Mas foi sobretudo internacionalmente que conseguimos compensar as dificuldades sentidas nos portos portugueses. Dos 43,7 milhões de euros  que faturámos na área da navegação, mais de metade provêm de Espanha”, explica o presidente da Garland.

A Garland emprega 352 colaboradores em Portugal, Espanha e Marrocos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.