George Soros, o multimilionário norte-americano, concedeu uma entrevista ao La Repubblica, o jornal italiano, onde abordou vários temas, sobretudo relacionados com o contexto atual de crise pandémica e as suas repercussões económicas, políticas e sociais, com foco nos contextos europeu e americano.
Na entrevista, Soros identifica várias ameaças às democracias dos EUA e da UE, defendendo que o velho continente se encontra mais exposto por constituir uma união imperfeita, além da menor disponibilidade de recursos para enfrentar uma crise económica da magnitude que se espera, isto além de manter o seu compromisso de descarbonização e neutralidade carbónica.
O empresário também reconhece grandes obstáculos ao funcionamento perfeito da democracia norte-americana, mais notoriamente o seu próprio presidente, que faz votos esteja de saída do cargo nas próximas eleições, mas alerta para os muitos inimigos externos, como a Rússia e a China, e internos, como Órban, Kaczynski ou Salvini, do projeto europeu, do qual diz ser fã.
O milionário nascido em Budapeste mostra-se ainda um defensor da emissão de obrigações perpétuas europeias, mesmo por parte dos países chamados ‘frugais’, para os quais vê benefícios na forma de financiamento e dado o fortalecimento da União Europeia que daí resultaria. Do outro lado do Atlântico, Soros deixa elogios à Reserva Federal pela forma como injetou liquidez na economia, afirmando ao La Repubblica que o órgão lidou melhor com a emergência que o país vive do que o próprio Presidente Trump.
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