O ex-engenheiro da Audi Zaccheo Giovanni Pamio, um dos principais rostos acusados no âmbito do Dieselgate, decidiu acusar os gestores de topo da Audi. De acordo com o New York Times, Pamio denunciou o facto de todos os gestores de topo da marca onde trabalha saberem que os motores que eram vendidos nos EUA – e também na Europa – não cumpriam as regulações de emissões em ambos os mercados. Um conhecimento que remontará a 2006, nove anos antes de se ter conhecimento do escândalo que ficou conhecido como Dieselgate.
O jornal americano adianta ainda que Pamio terá apresentado provas das suas afirmações – e-mails e outros documentos – junto das autoridades alemãs, através do seu advogado. As autoridades alemãs já entrevistaram Pamio três vezes, e voltarão a entrevistá-lo ainda durante esta semana. O ex-engenheiro também já terá falado com as autoridades norte-americanas, a pedido das quais está detido em Munique desde julho, que se preparam para formalizar um pedido de extradição nos próximos dias.
“A malha começa a apertar-se em torno da atual e anterior gestão”, afirmou àquele jornal Christian Strenger, antigo presidente da International Corporate Governance Network, um grupo de ativistas. “As provas estão a revelar cada vez mais que eles [os gestores do grupo VW] faziam parte do esquema mais ou menos desde o início”, acrescentou.
Ainda segundo o New York Times, o advogado de Pamio, Walter Lechner, recusou-se a nomear as pessoas envolvidas.
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