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Gita Gopinath reconhece progressos sobre orçamento para a zona euro, mas “ainda há muito a fazer”

A dois dias da Cimeira do Euro, a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional alertou que o compromisso alcançado pelo Eurogrupo sobre um orçamento para a zona euro deixa em aberto questões como a sua dimensão e continua focado na competitividade.
19 Junho 2019, 15h42

Gita Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), defendeu esta quarta-feira que apesar dos progressos alcançados na última reunião do Eurogrupo sobre um orçamento para a zona euro, é necessário determinar alguns aspectos das negociações, tais como a dimensão do orçamento.

“Penso que é justo dizer que existiram grandes progressos, mas há ainda muito a fazer”, disse Gita Gopinath, questionada pela assistência num painel dedicado ao futuro da União Económica e Monetária, no último dia do 6º Fórum do BCE, em Sintra.

“Não existiu um acordo claro sobre a dimensão [do orçamento para a zona euro] e a ênfase continua a estar no apoio à competitividade”, acrescentou.

As considerações de Gita Gopinath chegam a dois dias da Cimeira Euro e após o Eurogrupo ter chegado, na última reunião, a 14 de junho, a acordo sobre as “características principais” de um instrumento orçamental na zona euro. No entanto, deixou de fora questões como a dimensão e o financiamento.

Segundo o compromisso alcançado, será da responsabilidade da Cimeira do Euro e do Eurogrupo a orientação estratégica relativa às prioridades de investimento e reformas que permitam a convergência e competitividade da zona euro.

A economista-chefe do FMI, que assumiu funções em janeiro, sublinhou a necessidade de simplificação das regras orçamentais.”Não vejo porque não poderia ser feito”, disse.

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