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Goldman Sachs prevê crescimento global do PIB de 4% em 2018

No seu ‘Outlook’ para 2018, assinado por Jan Hatzius, o banco norte-americano diz que a sua previsão global do PIB para 2018 é de 4,0%, superior a 3,7% em 2017 e significativamente acima do consenso. A força no crescimento global é ampla em todas as economias quer nas mais avançadas, quer nas emergentes.
16 Novembro 2017, 22h07

Pela primeira vez desde 2010, a economia mundial está a superar a maioria das previsões, e o Goldman Sachs espera que essa força continue.

No seu ‘Outlook’ para 2018, assinado por Jan Hatzius, o banco norte-americano diz que a sua previsão global do PIB para 2018 é de 4,0%, superior a 3,7% em 2017 e significativamente acima do consenso. A força no crescimento global é ampla em todas as economias quer nas mais avançadas, quer nas emergentes.

Do lado da oferta, “também vimos sinais de uma recuperação do crescimento da produtividade a partir da sua funesta tendência pós-crise. No entanto, a capacidade disponível está a diminuir rapidamente – e já está esgotada em várias economias avançadas, incluindo nos EUA. Lá, a questão já não é saber se o produto supera o potencial, mas por quanto. Em contrapartida, a Europa do Sul precisa de um crescimento forte de vários anos para voltar ao pleno emprego”, refere a Goldman Sachs.

“Se o hiato do produto se fechou, porque é que a inflação subjacente ainda é tão baixa?”, questiona o economista do banco.

Sendo que o hiato do Produto é a diferença entre o PIB corrente e o PIB potencial. Basicamente, o hiato do produto nos mostra o quanto a procura está distante de sua capacidade máxima de produção. Ao atingir esta capacidade máxima, temos mais inflação, pois a procura será maior que a oferta de produtos.

A análise do Goldman Sachs sugere que uma boa parte da resposta reside num grande e longo arrastamento da baixa de preços das importações e das commodities, “o que compensou o impacto relativamente pequeno (embora estatisticamente significativo) da diminuição do hiato do produto até agora. Ao longo do ano que vem, esses efeitos passageiros provavelmente diminuirão e esperamos um aumento gradual da inflação subjacente global, embora a níveis que ainda estejam abaixo dos alvos do BCE na maioria dos Estados”, diz o banco de investimento global.

“Se a inflação subir, a força da atividade em breve se sentirá como sendo ‘boa demais’ para alguns bancos centrais, que precisam abrandar o crescimento para uma taxa em linha com a conjuntura, para evitar um sobreaquecimento ainda maior – e novos riscos de recessão”, lê-se no documento. “Portanto, aquilo que esperamos do Fed é consideravelmente mais radical do que o que exigem os preços do mercado, e também estamos acima do mercado em economias menores do G10, como a Suécia e a Austrália. Em contrapartida, o que esperamos do BCE e do Bank of Japan continua modestamente pacífico face ao mercado”, diz o Goldman Sachs.

“Por enquanto, é improvável que um ajuste mais rápido dos juros pela Fed pese significativamente no crescimento das economias desenvolvidas (DM), onde as divergentes políticas monetárias tipicamente têm excedentes financeiros líquidos limitados. E, embora o impacto nas economias emergentes possa ser mais significativo, pensamos que os recentes ajustes estruturais deixaram as economias emergentes  mais resistentes do que nos últimos ciclos de ajuste dos juros por parte da Fed. Os maiores riscos a curto prazo para as previsões são provavelmente políticos, desde o futuro do NAFTA até às eleições italianas e até ao risco de conflito militar na península coreana”, refere o banco de investimento.

Previsões de crescimento económico por áreas geográficas:

Zona euro: 2,2% em 2018; 2,3% em 2017

EUA: 2,5% em 2018; 2,2% em 2017

Reino Unido: 1,3% em 2018; 1,5% em 2017

Rússia: 3,3% em 2018; 2,2% em 2017

China: 6,5% em 2018; 6,8% em 2017

Japão: 1,6% em 2018; 1,6% em 2017

Brasil: 2,7% em 2018: 0,9% em 2017

Austrália: 3,3% em 2018; 2,4% em 2017

 

(atualiza com o crescimento estimado para as várias áreas geográficas)

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