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Goldman Sachs viu lucro dos primeiros nove meses cair 17%

No que toca ao lucro trimestral (três meses apenas) o Goldman Sachs Group registou uma queda de 27% devido sobretudo a baixas comissões de assessoria em negócios e à fraca atividade de tomada-firme em operações de colocação de títulos, avança a Reuters.
15 Outubro 2019, 15h22

O grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs anunciou esta terça-feira que, nos primeiros nove meses deste ano, o seu lucro líquido caiu 17% em relação ao mesmo período de 2018, chegando a 6.549 milhões de dólares, abaixo das expectativas dos analistas. O que foi pressionado pela divisão de investimentos e crédito, segundo a agência EFE.

O maior investidor institucional dos EUA, com sede em Nova Iorque, explicou que entre janeiro e setembro, o seu lucro líquido por ação foi de 16,31 dólares, o que compara com 19,21 dólares nos nove primeiros meses de 2018, 15% menos do que quando lucrou 7.921 milhões de dólares.

No que toca ao lucro trimestral (três meses apenas) o Goldman Sachs Group registou uma queda de 27% devido sobretudo a baixas comissões de assessoria em negócios e à fraca atividade de tomada-firme em operações de colocação de títulos, avança a Reuters.

O lucro líquido do banco atribuído aos acionistas caiu para 1,79 mil milhões de dólares no trimestre que fechou em 30 de setembro, o que compara com 2,45 mil milhões de dólares no ano anterior. O lucro por ação (EPS) caiu para 4,79 dólares por ação o que compara com 6,28 dólares no ano anterior. O EPS do 3.º trimestre tombou assim 24% desiludindo os 4,86 dólares esperados pelo consenso.

A receita líquida total caiu 6% para 8,32 mil milhões de dólares.

Os analistas, em média, esperavam lucros de 4,86 dólares por ação e uma receita de 8,31 mil milhões de dólares, segundo estimativa dos analistas.

As expectativas da maioria das casa de investimento que acompanham o banco de investimento liderado por David Solomon foram afectadas pelas condições macroeconómicas  que têm pesado no sentimento dos investidores.

O produto bancário totalizou 8,32 mil milhões de dólares, uma queda de 4%, em linha com o esperado. As receitas provenientes do trading subiram 6% para os 3,29 mil milhões de dólares (versus os 3,17 mil milhões esperados) com o ramo de ações (+4,8%) e o ramo de renda fixa (+7,9%) a superarem o estimado. A performance do trading acaba por compensar uma queda nas receitas na banca de investimento (-15%).

Do lado dos custos houve uma redução de 12% com pessoal no 3º trimestre para os 2,73 mil milhões de dólares (versus 2,94 mil milhões), esta que é uma rubrica que pesa quase 50% dos gastos operacionais totais.

O rácio CET 1 Basel III foi de 13,4% (+1 ponto percentual).

O banco teve que reportar uma perda de 267 milhões do dólares no trimestre devido à revisão em baixa da avaliação ao preço de mercado da Uber, Avantor e Tradeweb Markets.

 

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