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Google elimina legado carbónico e revela ajuda a projetos de energias limpas

Especificamente na Europa, a empresa vai investir dois mil milhões de euros, até 2025, em novos projetos de energia limpa e de infraestruturas, que também irão ajudar ao desenvolvimento de novas tecnologias.
14 Setembro 2020, 15h09

A Google está a eliminar todo o legado de carbono, cobrindo ainda as emissões operacionais geradas antes de se ter tornado neutra em carbono no ano de 2007, revelou a empresa em comunicado assinado pelo CEO Sundar Pichai. Assim, a Google torna-se a primeira grande empresa mundial a assumir o compromisso de trabalhar com recurso a energia sem carbono.

Na carta assinada pelo CEO, Sundar Pichai refere que viu o mundo mudar por diversas vezes na sua vida, culpando as alterações climáticas geradas pelos humanos e pelas grandes empresas. “O mundo deve agir agora se quisermos evitar as piores consequências das mudanças climáticas. Estamos empenhados em fazer a nossa parte”, escreveu o CEO.

“A sustentabilidade tem sido um valor fundamental para nós desde que Larry e Sergey fundaram a Google há duas décadas. Fomos a primeira grande empresa a tornar-se neutra em carbono em 2007. Em 2017 fomos a primeira grande empresa a igualar o nosso consumo de energia com 100% de energia renovável. Operamos a cloud global mais limpa na indústria, e somos o maior cliente mundial corporativo de energia renovável”, defende o atual CEO, notando que a empresa se tem sabido adaptar à mudanças.

Desde que iniciou o processo de mudança para as energias limpas, a Google está a investir em tecnologias para ajudar os seus parceiros e influenciar as pessoas a fazerem escolhas sustentáveis. “Por exemplo, a Google está a investir em regiões de produção para permitir 5GW de energia de produção de carbono ajudando 500 cidades a reduzirem as suas emissões de carbono e a encontrar novas formas de capacitar mil milhões de pessoas através dos nossos produtos. Estimamos que os compromissos que hoje assumimos irão gerar diretamente mais de 20 mil novos empregos em energia limpa e indústrias associadas, na América e em todo o mundo, até 2025”, aponta Sundar Pichai.

Especificamente na Europa, a empresa vai investir dois mil milhões de euros, até 2025, em novos projetos de energia limpa e de infraestruturas, que também irão ajudar ao desenvolvimento de novas tecnologias, tornando a energia já adotada pela Google mais barata e acessível de forma mais abrangente a todos.

De acordo com Sundar Pichai, este investimento prevê a criação de mais de dois mil empregos relacionados com energias limpas, maioritariamente nas áreas de construção, operação e manutenção dos parques eólicos e solares.

Ainda para a Europa, a empresa quer promover a inovação junto de cidades e entidades sem fins lucrativos, entregando dez milhões de euros para as ideias e projetos europeus mais promissores que apoiem o acesso ou uso da energia renovável, descarbonização dos transportes e melhoria da qualidade do ar, entre outros projetos.

Para ajudar as cidades que pretendem implementar planos de ação climática, a Google vai lançar um contributo, no valor total de 2,7 mil milhões de euros, através do financiamento da Google.org e da ICLEI Action Fund (ONG inglesa) que irá estabelecer ferramentas para modelar as opções da descarbonização em edifícios das cidades.

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