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Google responde a acusação de monopólio: “Profundamente imperfeita”

Kent Walker, executivo da tecnológica, afirma que as empresas poderiam ter outros motores de busca, mas os utilizadores mostraram “repetidamente” uma preferência pelas ferramentas de pesquisa da Google.
20 Outubro 2020, 20h00

A Google disse esta terça-feira que a acusação de monopólio feita pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos está “profundamente imperfeita”, carece de argumentos válidos, e que os utilizadores teriam mais dificuldades para aceder a ferramentas de pesquisa melhores e a smartphones mais baratos se o governo ganhasse o caso.

“A lei concorrencial norte-americana foi feita para promover a inovação e ajudar os consumidores, não para inclinar o campo de jogo a favor de concorrentes específicos ou tornar mais difícil às pessoas obterem os serviços que desejam”, referiu o vice-presidente sénior da Google, Kent Walker, no blog oficial da empresa.

O Departamento de Justiça norte-americano acusa a tecnológica de manter um monopólio ilegal sobre a pesquisa e a publicidade. Em causa estão contratos de exclusividade e acordos estabelecidos entre a Google e outras empresas para afastar os adversários – i.e. acordos de distribuição que deram ao motor de busca destaque em browsers de telemóveis e web.

Em sua defesa, a multinacional da Alphabet esclarece que esses acordos, nos quais partilha a receita de publicidades na pesquisa com distribuidores como a Apple, ajudam a subsidiar os telemóveis. Segundo Kent Walker, as empresas poderiam ter outros mecanismos de busca, mas os utilizadores mostraram “repetidamente” uma preferência pelas ferramentas de pesquisa do Google.

Os consumidores que querem alternativas podem trocar o motor de busca padrão tanto nos iPhones como noutros dispositivos, mas forçar os fabricantes e navegadores a definir “alternativas de qualidade inferior” não é benéfico para as pessoas, na sua opinião. “Este processo nada faria para ajudar os consumidores. Pelo contrário, aumentaria artificialmente as alternativas de pesquisa de qualidade inferior, aumentaria os preços dos telefones e tornaria mais difícil para as pessoas obterem os serviços de pesquisa que desejam utilizar”, conclui o porta-voz da Google, no mesmo artigo.

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