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Google vai realizar transferências de dinheiro na União Europeia

A Google vai poder realizar transferências de dinheiro nos países da União Europeia depois da autorização concedida pelo Banco Central da Irlanda.
8 Janeiro 2019, 14h30

A tecnológica norte-americana Google vai poder realizar transferências de dinheiro dentro da União Europeia, depois de o Banco Central da Irlanda ter autorizado, no dia 24 de dezembro, a companhia a realizar estas operações.

Através deste novo sistema, a Google vai poder, mediante autorização do usuário, controlar os cartões bancários e efetuar transferencias monetárias. O controlo tecnológico vai mais longe, permitindo que o “cliente” veja uma análise detalhada dos seus consumos, para que possa fazer alterações ao seu plano de poupança, noticia o jornal espanhol “Expansion” esta terça-feira.

A licença conquistada pela Google não vai permitir à empresa operar como um banco, mantendo-se esta atividade reservada às entidades bancárias.

Florence Diss, responsável da Google na Europa, declarou ao “The Irish Times”, que estão mais interessados em colaborar com os bancos em vez de competir com os mesmos, para que possam explorar a oportunidade oferecida pelas autoridades irlandesas. O responsável adianta que a aquisição de licenças é um processo moroso e completo, se bem que existem outras companhias da área tecnológicas a querer entrar no setor financeiro.

Na entrevista que data de março do ano passado, a responsável da Google revelou que colaborou com o Banco da Irlanda na programação de um interface que permitia, facilmente, aos seus clientes realizarem pagamentos no smartphone através do serviço da Google Play.

Outra aplicação criada pela multinacional permite ao cliente abrir uma conta em menos de cinco minutos usando apenas uma fotografia para propósitos de identificação. Florence Diss revela que embora muitos bancos os vejam como inimigos, eles estão a trabalhar com mais de mil bancos diferentes em 18 tipos de mercados, pois querem que os parceiros tenham a melhor relação com os seus clientes.

Ainda assim, a gigante empresa tecnológica sabe que compete com um grande número de firmas designadas como “tecnofinanceiras”, como é o exemplo da N26, da Starling Bank, da Transferwise, todas com sede no Reino Unido a exceção da Monzo, que se encontra sediada na Alemanha.  A empresa Revolut obteve, recentemente, a licença para operar como banco pelo Banco da Lituânia.

 

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