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“Gostamos das ações cotadas em Londres, apesar do Brexit”, diz José Calheiros

Muitas das empresas no FTSE 100 têm uma exposição global e foram exageradamente pressionadas pela sombra do Brexit, diz o gestor de ativos.
21 Novembro 2018, 09h40

No contexto de um evento sobre a relação entre as tendências disruptivas, no Museu Nacional Soares dos Reis no Porto, José Miguel Calheiros falou ao Jornal Económico sobre como o Bankinter aborda o investimento em ações de empresas inovadoras. Os temas que estão a marcar a agenda dos mercados, como o Brexit, a Itália e os resultados das cotadas não ficaram, no entanto, à margem da entrevista.

Disse durante o evento que o Bankinter está positivo sobre as ações na bolsa londrina, numa altura em que se aproxima o Brexit. Qual é o pensamento por trás disso?

Sim, gostamos das ações cotadas no Reino Unido, apesar do Brexit. Muitas vezes, num mundo em que a gestão passiva [de ativos] tem crescido, o que vemos é que o investidor vende em função de certo enquadramento. De facto, o Reino Unido tem tido um enquadramento muito particular que é o Brexit, que visto ou ouvido soa a más notícias, para o povo inglês. Para as infraestuturas do país, e esse é o pensamento vigente para as cotadas em Londres.

A nossa visão é um pouco diferente. Se olharmos para a realidade do Reino Unido do ponto de vista do mercado de ações e das empresas cotadas, muitas delas têm a sua área de atuação e o seu volume de negócios dispersos por uma multiplicidade de geografias, em que o Reino Unido representa apenas parte do total. Claro que isso não é válido para todas as empresas, mas se focarmos no índice FTSE 100 isso é uma realidade, algo que do ponto do vista do investidor, e do investidor fundamental, que é o que nós somos, faz sentido explorar, porque há uma ineficiência do mercado.

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