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Governo admite reabrir escolas em maio só para disciplinas fundamentais do Secundário

André Ventura revelou intenção do Executivo no final de uma reunião com o primeiro-ministro António Costa, que está a receber representantes dos partidos políticos com representação parlamentar antes de tomar uma decisão sobre o terceiro período do ano letivo.
8 Abril 2020, 13h35

O Governo admite que as aulas presenciais poderão ser retomadas em maio só para o Ensino Secundário e apenas nas disciplinas fundamentais. Essa possibilidade foi avançada pelo deputado único do Chega, André Ventura, no final de uma das reuniões que o primeiro-ministro António Costa está a fazer ao longo desta quarta-feira com os partidos políticos com representação parlamentar antes de tomar uma decisão sobre a estratégia para terminar o ano letivo afetado pela pandemia de Covid-19, a qual está prevista para o Conselho de Ministros de quinta-feira.

O cenário faseado  e parcial foi encarado pelo Chega como “algo que nos parece aceitável e positivo”, mas André Ventura ressalvou que “mesmo que não haja condições para isso”, tendo em conta a incerteza da evolução da pandemia em Portugal, o mais importante em que o acesso à universidade não seja posto em causa e que haja condições para a realização dos exames nacionais.

Nesse sentido, o deputado do Chega disse que constitui “um grande desafio” assegurar que os meios telemáticos de ensino, televisivos e digitais, permitam uma cobertura total das famílias afetadas pelas normas de isolamento social, o que foi reconhecido pelo Executivo não ser assim a realidade. E, segundo André Ventura, torna-se ainda mais relevante tendo em conta a possibilidade de que possa ocorrer um segundo surto epidémico “em outubro, novembro ou dezembro” que obrigue a um novo período de suspensão das aulas presenciais no próximo ano letivo.

As insuficiências de cobertura universal das soluções de ensino via televisão e Internet também foi abordada pela delegação do PEV que reuniu com o primeiro-ministro, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, tendo a deputada Mariana Silva deixado patentes as preocupações dos ecologistas com a manutenção da igualdade e da universalidade no ensino. “Pretendemos que nenhum aluno seja deixado para trás por razões sociais, económicas ou geográficas”, disse.

O primeiro a ser recebido pelo Governo foi o presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, que à saída do encontro referiu que o Governo irá manter os apoios para os pais que se mantêm em casa com os filhos menores de 12 anos. Sem adiantar as decisões de António Costa, o deputado disse “que, numa troca de impressões bastante franca, esteve de modo geral de acordo com o primeiro-ministro”.

Ao longo desta quarta-feira vão ocorrer reuniões com os representantes dos restantes partidos com representação parlamentar.

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