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Governo admite voltar a antecipar pagamentos de dívida ao FMI

Em vésperas da entrega do Orçamento para 2019, Ricardo Mourinho Félix avisou as bancadas do Bloco de Esquerda e do PCP: que “não se podem fazer compromissos de despesa permanentes sem ter receitas sustentáveis””, avança a TSF.
  • Cristina Bernardo
12 Outubro 2018, 01h16

O Secretário de Estado adjunto e das Finanças diz que “pagamentos antecipados permitiram poupar nesta legislatura mais de 850 em juros. Governo espera que agências de rating coloquem a dívida num grau de investimento”, avança a TSF.

O Governo admitiu assim esta quinta-feira que Portugal regresse em breve aos pagamentos antecipados da dívida contraída junto do FMI e transmitiu a expetativa de que as principais agências de ‘rating’ coloquem a dívida portuguesa num grau de investimento.

Estas ideias foram transmitidas pelo secretário de Estado Adjunto do ministro das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, na Assembleia da República, num debate sobre dívida pública e externa.

Na intervenção de abertura do debate, o secretário de Estado defendeu a tese da sustentabilidade da dívida portuguesa, se for seguida uma política de “responsabilidade orçamental que perdure nas próximas legislaturas”, e estimou que o país, nos últimos três anos, tenha já poupado cerca de 1.400 milhões de euros em juros da dívida pública.

Avança a TSF que os pagamentos antecipados ao FMI (Fundo Monetário Internacional) permitiram poupar nesta legislatura mais de 850 milhões de euros em juros – e 83% deste empréstimo já está pago. Continuaremos a otimizar a gestão da dívida através dos instrumentos disponíveis e é realista pensar na possibilidade de novos pagamentos antecipados do empréstimo ao FMI”.

O Executivo garante que Portugal “já tem praticamente cobertas todas as necessidades de financiamento” mas avisa que “o ambiente externo é cada vez mais desafiante”.

Em vésperas da entrega do Orçamento para 2019, Ricardo Mourinho Félix avisou as bancadas do Bloco de Esquerda e do PCP: que “não se podem fazer compromissos de despesa permanentes sem ter receitas sustentáveis”. Durante o debate, o secretário de Estado considerou que a dívida portuguesa é sustentável se for mantida “uma política de “responsabilidade orçamental”.

 

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