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Governo britânico investe 17 mil milhões de euros na construção de central nuclear

A central, que só deverá estar operacional na década de 2030, vai produzir energia para seis milhões de casas e é considerada essencial para a segurança energética e o cumprimento das metas climáticas do Reino Unido.
© HM Treasury / Lauren Hurley
10 Junho 2025, 15h46

O Governo britânico revelou hoje o investimento de 14,2 mil milhões de libras (16,8 mil milhões de euros) na construção da central nuclear Sizewell C, a qual vai criar 10 mil postos de trabalho.

A central, que só deverá estar operacional na década de 2030, vai produzir energia para seis milhões de casas e é considerada essencial para a segurança energética e o cumprimento das metas climáticas do Reino Unido.

O Governo está a “lançar uma nova era para a energia nuclear” no Reino Unido, declarou hoje a ministra das Finanças, Rachel Reeves, na véspera da declaração no parlamento, na quarta-feira, onde vai apresentar as prioridades de despesa e investimento até ao final da década.

A ministra já garantiu que o setor pode contar com mais de 30 mil milhões de libras (35 mil milhões de euros).

À semelhança de outros países europeus que querem relançar a indústria, Londres considera que precisa de novas centrais nucleares para baixar os preços da eletricidade, garantir a segurança energética e “combater a crise climática”, insistiu o secretário da Energia, Ed Miliband, citado num comunicado.

No topo da lista de investimentos anunciados hoje, Londres prometeu injetar 14,2 mil milhões de libras (quase 17 mil milhões de euros) no projeto do reator nuclear Sizewell C EPR, no leste do Reino Unido, liderado pela empresa francesa de energia EDF.

A central de Sizewell C, composta por dois reatores EPR, poderá custar um total de 20 a 30 mil milhões de libras (24 a 35 mil milhões de euros), ou mesmo mais, segundo algumas estimativas contestadas pelo Governo.

No entanto, não se prevê que comece a produzir eletricidade antes de 2035.

Londres assumiu uma participação direta de 50% no projeto no final de 2022, ao mesmo tempo que a empresa chinesa CGN se retirou do projeto.

O governo britânico é agora o acionista maioritário da Sizewell C, afirmou a EDF em janeiro.

Com um conjunto de centrais nucleares envelhecidas, o Reino Unido voltou a apostar no desenvolvimento desta forma de energia desde o início da guerra na Ucrânia, em nome da segurança energética.

O Executivo anunciou hoje também que escolheu o grupo industrial britânico Rolls-Royce para construir os primeiros pequenos reatores nucleares (SMR) do país, uma tecnologia mais barata do que as centrais convencionais, mas que ainda exigirá anos de desenvolvimento.

O Governo comprometeu-se a gastar mais de 2,5 mil milhões de libras (3 mil milhões de euros) no programa de pequenos reatores modulares no seu conjunto e planeia injetar o mesmo montante na investigação e desenvolvimento da fusão nuclear.

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