O secretário de Estado para Economia a Marítima de Cabo Verde, Paulo Veiga, disse esta quinta-feira que os estudos apontam que a pesca costeira neste país africano está a ir além do que se deveria e defendeu a necessidade de se apostar na apanha industrial.
O governante falava à agência noticiosa Inforpress, à margem da academia “O futuro do trabalho e os empregos do futuro”, promovida pelo Governo de Cabo Verde no quadro do programa de Apoio ao Emprego, Empregabilidade e Inserção- Jov@Emprego, na qual participou no painel “Os empregos do futuro no sector da Economia Azul”.
“Com é que podemos transformar isto? Podemos ir mais para a pesca semi-industrial ou industrial, permitindo que os nossos pescadores possam ir pescar mais longe da costa e capturar outros tipos de peixes”, indicou.
Conforme garantiu, isso vai permitir a reposição do estoque dos peixes que são consumidos em Cabo Verde. “Estamos a desenvolver um projeto para criarmos reservas para proteger os ecossistemas, que vai permitir esta reposição dos recursos”, salientou.
Sobre as críticas referentes aos acordos de pesca, Paulo Veiga explicou que a razão da existência desses acordos é porque Cabo Verde “não consegue explorar” os recursos que passam a mais de 18 milhas da costa.
“Ainda não temos a capacidade de os explorar e muito menos chegar ao limite que é permitido”, justificou, reforçando, que, por esta razão, a conveção internacional diz que o país deve permitir fazer acordos de pesca com outros países.
O governante acrescentou ainda que existem peixes migratórios que, segundo ele, se não forem capturados em Cabo Verde, podem ser apanhados em outros sítios. “Portanto, aqui o país tem que tirar proveito dos recursos económicos que tem”, afirmou, lembrando que é preciso criar valências na fiscalização, tendo em vista a eliminação da pesca ilegal e não controlada.
Entretanto, o secretário de Estado cabo-verdiano assegurou que o governo local está a trabalhar junto da comunidade sub-regional das pescas para que haja uma fiscalização conjunta. “Às vezes um barco pode estar a fazer uma pesca ilegal nas nossas águas, mas depois pode ir para Senegal e, neste caso, não conseguimos o controlar. Sabemos que temos parcos recursos”, demonstrou.
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