A “Mesa Redonda” de Cabo Verde, em Paris, para mobilização de financiamento será nos dias 11 e 12 de dezembro. Segundo o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo verdiano, Olavo Correia, Cabo Verde quer mobilizar, durante o encontro, os parceiros públicos e privados para esta nova fase em que se pretende transformar as ilhas numa plataforma de prestação de serviços em que o setor privado tem um papel importante.
Olavo Correia reuniu esta segunda-feira com os membros conselho consultivo desta conferência internacional de Cabo Verde na capital de França, constituído por parceiros do desenvolvimento e organizações da sociedade civil nacionais.
O objetivo do encontro, que se realizou na Cidade da Praia, foi dar a conhecer os passos dados para a conferência de Paris e as metas traçadas pelo do governo no sentido de desenvolver novas parcerias técnicas e financeiras com parceiros de desenvolvimento e investidores internacionais e encontrar, modalidades inovadoras de financiamento.
A mesa redonda de Cabo Verde de Paris marca um momento de transição, de acordo com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças. “Nós queremos inverter a lógica de financiamento com foco no setor privado, numa parceria publico privada no sentido de não se aumentar a divida pública e a mobilização será no modelo de doação ou empréstimo”, disse.
Nos dois dias do evento em Paris, que acontecerá sob o lema “Construindo Novas Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável De Cabo Verde”, o governo cabo verdiano espera poder mobilizar parceiros internacionais de desenvolvimento e representantes do setor privado em torno das principais aéreas estratégicas identificadas para desenvolver uma parceria tripartida.
O governo ainda não divulgou o montante a ser mobilizado, mas as áreas a serem apresentadas na mesa redonda de Paris, de 11 e 12 de dezembro já estão elencadas: “Áreas que tem a ver com energias renováveis, água saneamento, transportes, Tecnologias de Informação e Comunicação, Turismo e Água Industrial, numa lógica diferente de parceria para atrair investidores”, apontou Olavo Correia.
Nesta nova lógica centrada no setor privado – e com a descida de Cabo Verde em quatro pontos no ‘ranking’ do Doing Business do Banco Mundial de 2019, o governante entende que é preciso melhorar “radicalmente” o ambiente de negócio. “Nós temos de melhorar as condições de acesso ao financiamento, melhorar as instituições públicas no sentido de serem mais pró-empresas, reforçar o quadro regulatório por forma a proteger os investidores, sobretudo os minoritários”, frisou.
No primeiro dia da “Mesa Redonda” de Paris, o governo de Cabo Verde quer concentrar no envolvimento com os parceiros de desenvolvimento, enquanto no segundo dia deverá centrar-se em oportunidades para alavancar o investimento privado e esperam presenças de 200 participantes.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com