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Governo de Macron enfrenta hoje moção de censura por ações contra “coletes amarelos”

Os deputados do Partido Socialista, do França Insubmissa e do Partido Comunista contestam a forma como o líder francês tem lidado com os violentos protestos dos “coletes amarelos”, que exigiram a suspensão de um novo imposto sobre os combustíveis.
  • Cristina Bernardo
10 Dezembro 2018, 07h45

O Governo de Emmanuel Macron vai enfrentar esta segunda-feira uma moção de censura, apresentada pelos partidos da esquerda francesa. Os deputados do Partido Socialista, do França Insubmissa e do Partido Comunista contestam a forma como o líder francês tem lidado com os violentos protestos dos “coletes amarelos”, que exigiram a suspensão de um novo imposto sobre os combustíveis.

“Decidimos apresentar uma moção de censura na segunda-feira. Esta moção serve para demonstrar que há outras soluções possíveis”, explicou o secretário-geral do Partido Socialista, Olivier Faure, na sexta-feira, em conferência de imprensa conjunta com os restantes líderes dos partidos de esquerda.

A esquerda francesa critica a forma como Emmanuel Macron tem gerido a crise dos “coletes amarelos”, cujos protestos saíram à rua a 17 de novembro e foram entretanto subindo de tom. Este sábado, a quarta manifestação dos designados “coletes amarelos” levou à detenção de 1.220 pessoas. Embora os confrontos tenham sido menos violentos do que os do 1.º de dezembro, França mobilizou cerca de 90.000 polícias para reprimirem os protestos.

Face à escalada de violência, o presidente francês decidiu recuar e suspender o aumento dos combustíveis que estava previsto para o próximo mês de janeiro. O anúncio foi feito na terça-feira pelo primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, que defendeu que “nenhum imposto merece colocar em risco uma nação”.

A moção de censura, no entanto, deve ser rejeitada, tendo em conta que o partido do Governo, o República em Marcha, detém maioria no Parlamento francês.

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