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Governo desmente Sindicato: não foi nomeado nenhum mediador da DGERT

Comunicado do SNMMP garantia a nomeação de um mediador. Governo contraria esta informação.
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16 Agosto 2019, 14h40

Até ao momento não foi nomeado um mediador da DGERT e para já mantém-se a posição manifestada na quinta-feira por Miguel Cabrita, secretário de Estado do Emprego, de acordo com informação avançada pela RTP.

Esta notícia contraria em absoluto o comunicado divulgado pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosa que garantia que o DGERT já tinha nomeado um mediador.

Pouco mais de três horas depois de se mostrar intransigente, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) anunciou esta sexta-feira que irá suspender temporariamente a greve quando for convocada uma reunião. A decisão final será tomada no próximo domingo, em plenário.

“Face à nomeação, hoje, de um mediador da DGERT para dar início às negociações com a ANTRAM, entendeu que estão criadas as condições necessárias para todas as partes se sentarem à mesa”, refere a organização sindical liderada o Francisco São Bento.

“Queremos deixar claro ao país e às partes que sempre estivemos de boa-fé neste processo, anunciamos, desde já, a suspensão temporária da greve a partir da hora de início da reunião a ser convocada pelo Governo, suspensão essa que produzirá os seus efeitos até ao Plenário Nacional de Motoristas de Cargas Perigosas, marcado para o próximo domingo, momento em que os motoristas irão decidir pelo seu futuro”, pode ler-se no comunicado publicado esta tarde.

Os motoristas de matérias perigosas mostram, assim, disponibilidade para pôr fim à paralisação, um dia depois de o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) ter desistido do protesto. Ao início da manhã, o presidente do SNMMP disse que não iria recuar na decisão de manter a greve. Francisco São Bento admitiu que não compreendeu a desistência do SIMM e garantiu que os trabalhadores iriam continuar a cumprir os serviços mínimos, de oito horas diárias, ao longo do dia.

“Vamos continuar a apelar à mediação. Sabemos que é possível legalmente. Está definida no Código do Trabalho esta opção. Vamos continuar a aguardar para podermos voltar a negociar”, disse esta manhã Francisco São Bento, em declarações aos jornalistas. “Vamos continuar nos mesmos pressupostos que tínhamos inicialmente. Vamos continuar a greve tal e qual como tem estado”, referiu o mesmo dirigente, em Aveiras de Cima.

 

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