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Governo diz que suspensão da atividade não urgente no SNS é “balão de oxigénio” para os hospitais mais pressionados

“Reitero que a atividade urgente mantém-se”, disse esta quarta-feira o secretário de Estado Adjunto e da Saúde sobre o despacho que dá ‘luz verde’ aos hospitais públicos para suspenderem, durante um mês, a atividade assistencial considerada não urgente.
  • António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde
4 Novembro 2020, 14h45

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse esta quarta-feira que a decisão de autorizar os hospitais públicos a suspenderem a assistência a situações consideradas não urgentes, durante o mês de novembro, significa “um balão de oxigénio” para os que estão mais pressionados em termos de camas.

“As instituições que não estão tão pressionadas poderão ter de dar resposta às que estão sobre maior pressão. O que se está a fazer é garantir, com este despacho, é garantir esse nível de preparação através da articulação das administrações regionais de saúde”, afirmou António Lacerda Sales, em conferência de imprensa.

Face ao aumento dos casos de coronavírus no país, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão poder suspender, ao longo deste mês, a atividade assistencial “que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, segundo um despacho do Ministério da Saúde publicado esta manhã em Diário da República. Ou seja, os casos não urgentes.

O secretário de Estado informou ainda que este fim de semana foram realizados 52.947 testes à Covid-19 (no sábado 30.703 e no domingo 22.744), desvalorizando que o abrandamento de contágios nestes dias se deva à falta de testagem. “O problema não é o número de testes feitos ao fim de semana é o reporte dessas notificações, apesar das nossas indicações constantes nessa matéria”, assinalou o governante.

Desde o início da pandemia, Portugal regista um total de 156.940 casos confirmados da Covid-19, sendo que só hoje contabilizaram-se mais 7.497 – o que representa um record. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), o número de vítimas mortais por infeção com o novo coronavírus aumentou para 2.694. Só nas últimas 24 horas houve mais 59 óbitos.

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