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Governo espanhol pretende encerrar central nuclear de Almaraz até julho de 2024

O secretário de Estado da Energia espanhol, José Domínguez, indicou numa conferência na quinta-feira que Madrid não deverá prorrogar as licenças para as centrais nucleares quando estas atingirem os 40 anos de vida útil, pelo que os sete reatores que estão a funcionar seriam desligados entre 2023 e 2028.
16 Novembro 2018, 20h22

O Governo espanhol pretende começar a encerrar as centrais nucleares do país à medida que estas cumpram 40 anos de atividade, prevendo que um dos reatores da de Almaraz seja desligado em setembro de 2023 e o outro em julho de 2024.

O secretário de Estado da Energia espanhol, José Domínguez, indicou numa conferência na quinta-feira que Madrid não deverá prorrogar as licenças para as centrais nucleares quando estas atingirem os 40 anos de vida útil, pelo que os sete reatores que estão a funcionar seriam desligados entre 2023 e 2028.

No encontro com profissionais do setor do gás organizado pelo Expansion, o responsável governamental, citado pela imprensa espanhola, avançou que será negociado o encerramento com as empresas que as exploram de uma forma escalonada, “com garantias para os posteriores desmantelamentos”.

“Elas [as centrais] têm uma vida útil de 40 anos, mas isso tem de ser tornado compatível com um encerramento ordenado e com as capacidades que temos em Espanha […]. Isso deve ser feito com a CSN [Comissão de Segurança Nuclear], de acordo com as empresas “, explicou José Domínguez.

Segundo este plano, a central nuclear de Almaraz I seria fechada em setembro de 2023, Almaraz II em julho de 2024, Ascó I em dezembro de 2024, Cofrentes em março de 2025, Ascó II em março de 2026, Vandellós II em março de 2028 e Trillo em agosto do mesmo ano.

Almaraz tem dois reatores nucleares e está situada a cerca de 100 km da fronteira portuguesa, numa das margens do rio Tejo.

Diversos grupos de defesa do ambiente em Portugal e Espanha têm contestado a continuação do período de vida da central para além do termo da autorização em vigor.

O Governo português tem manifestado o seu desagrado com a produção de eletricidade através da energia nuclear, mas Lisboa defende que Madrid é soberana para decidir a forma de produzir energia elétrica no seu país.

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