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Governo francês reafirma intenção de nacionalizar empresas caso seja necessário

O governo francês reafirmou esta quinta-feira que está disposto a utilizar todos os instrumentos que tem à disposição para minimizar os efeitos negativos do novo coronavírus na economia. Sem-abrigo já estão a ser instalados em hotéis.
  • Presidente da República de França, Emmanuel Macron
19 Março 2020, 10h46

O ministro francês da Economia e das Finanças, Bruno Le Maire, reforçou a intenção do governo de fazer o necessário para apoiar as empresas que estão mais susceptíveis face à pandemia, o que poderá incluir nacionalizar companhias, avança o jornal francês Le Figaro.

“Temos várias opções em cima da mesa para todas as grandes empresas industriais que poderão estar ameaçadas e que incluem aumentos de capital (…) e nacionalizações”, referiu Bruno Le Maire. “Temos todas as opções em cima da mesa, examinámos todas as hipóteses, e vou apresentá-las ao Presidente da República muito brevemente”, adiantou.

A França encontra-se de quarentena desde terça-feira depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado na véspera o endurecimento das medidas que limitaram a mobilidade dos franceses durante duas semanas de forma a colocar um travão na propagação do vírus.

Depois de Emmanuel Macron ter referido que o país está “em guerra sanitária”, estão proibidas as reuniões entre familiares e amigos durante pelo menos 15 dias e as deslocações estão limitadas apenas ao essencial, podendo ir-se às compras, trabalhar – onde o teletrabalho não é possível – ou deslocações por motivos de saúde. Também é possível fazer exercício no exterior desde que respeitando distâncias com outros indíviduos.

A situação dos sem-abrigo em França também suscitado preocupação por parte do governo francês, com o “Le Figaro” a noticiar que o executivo já começou, através da requisição civil, a requerer quartos de hotel para os alojar.

O ministro da Habitação (do francês, “logement”), Julien Denormandie já reconheceu que os esforços de mobilização entre o governo, colectividades e associações do setor são totais de forma a permitir “abrigar aqueles que ainda vivem na rua”.

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