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Governo garante que não se demite se Orçamento for chumbado (com áudio)

Governo garante que “não atira a toalha ao chão” e que continua disposto a negociar com os partidos mais à esquerda.
  • Tiago Antunes, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro
26 Outubro 2021, 09h01

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro disse ao Polígrafo SIC que o Governo não vai “atirar a toalha ao chão” por enquanto e não se demite mesmo que exista chumbo, uma opção bastante presente que o Executivo de António Costa tem de enfrentar.

Tiago Antunes evidenciou que o Governo continua confiante que o Orçamento do Estado para 2022 será aprovado e volta a insistir que o Executivo tem disponibilidade para ouvir os partidos de esquerda até à votação na generalidade, na quarta-feira, mas relembrou que já foram realizadas as cedências possíveis. Vários membros do Governo já asseguraram que a porta para a negociação continua aberta.

O adjunto de Costa assume a possibilidade de um entendimento “até ao último segundo, mas, por isso, tem de haver genuína vontade negocial do outro lado”, notando que o Governo nunca tomou o PCP e o Bloco como garantidos na aprovação e que levaram “as negociações a sério”. “Não vou atirar a toalha ao chão”, disse Tiago Antunes.

Tiago Antunes notou que mesmo que o Orçamento não passe no Parlamento amanhã – como se prevê – o primeiro-ministro não se demite e mantém-se no cargo até que o Presidente da República convoque nas eleições.

Ainda que assegure que as eleições antecipadas não são o desejo do Executivo, o ajunto de Costa admite que o primeiro-ministro não vai baixar os braços, não se colocando o cenário de Costa não se candidatar a estas eleições.

Sobre a reunião do Conselho de Ministros extraordinário realizada ontem à noite – à mesma hora da entrevista – o adjunto explicou que é “normal que o Governo reúna e analise a situação” após os partidos de esquerda anunciarem o voto contra. “O Governo tem de fazer uma reflexão porque foi confrontado com uma posição que os portugueses não entendem”.

Até ao último instante, o Governo não quer desistir de garantir a viabilização do documento que define um orçamento para o próximo ano, mesmo tendo o voto contra os partidos da Geringonça.

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