Readaptar uma pista que pertence à Base Aérea no Montijo é a solução considerada viável que a concessionária ANA arranjou para os constrangimentos que o aeroporto de Lisboa está a enfrentar, de acordo com as declarações da concessionária ao Público. Fevereiro deverá ser o mês em que o memorando vai ser assinado pelo Governo.
“Só parem de lhe chamar Portela+1, porque nós estamos a falar sempre, e apenas, de um único aeroporto: o Aeroporto Humberto Delgado, que deverá ter no Montijo a instalação de um novo terminal”, alegou o presidente da Câmara do Montijo, o socialista Nuno Cante.
O objetivo é que concessionária olhe para o novo terminal como uma plataforma para as low cost, para empresas de carga aérea, e também para companhias de bandeira. “É tudo uma questão de tarifas e de taxas que as empresas queiram suportar”, argumentou o autarca, citado pelo mesmo diário.
Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, recusou assinar o memorando, pelo que Nuno Cante aguarda o novo documento, por parte do Governo, afirmando estar em diálogo, “mas apenas no sentido de responder às consultas que nos fazem no âmbito dos novos estudos que estão a fazer”.
No entanto, “em termos de caderno de encargos”, que não deverão ultrapassar os 15 milhões de euros, as exigências feitas até à data serão as mesmas, “com vista a mitigar o impacto que essa nova realidade no município vai trazer para o Montijo”, palavras do autarca.
Além da satisfação demonstrada pela Câmara do Montijo, que outrora se posicionou como “a capital da margem sul”, Nuno Cante está consciente das vagas de trabalho que o terminal poderá trazer para o concelho. Contudo, alerta para a “fatura inicial que tem de ser a ANA a pagar”.
Os 15 milhões de euros serão atribuídos à conclusão da circular externa da cidade (permitindo assim que o tráfego do sul possa aceder ao aeroporto sem passar por dentro de Montijo), a renovação das Avenidas do Seixalinho e Luís de Camões, uma ligação rodoviária à ponte Vasco da Gama, a atualização da frente ribeirinha da cidade e uma melhor utilização do cais fluvial do Seixalinho.
Além destas medidas, melhorias dos transportes públicos e fluviais, bem como o reforço da capacidade de tratamento dos esgostos e abastecimentos de água são questões colocadas “em cima da mesa” com o caderno de encargos.
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