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Governo não vê “incompatibilidades” nas relações entre Pedro Siza Vieira e Associação de Hotelaria de Portugal

Questionados sobre eventuais incompatibilidades por causa das relações familiares existentes, fontes oficiais dos dois organismos garantiram estar afastado esse cenário.
  • Cristina Bernardo
18 Outubro 2018, 19h05

O novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tutela a área do Turismo, setor onde a sua mulher está presente ao dirigir a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), uma situação que, segundo o Governo, “não cria incompatibilidades”.

Cristina Siza Vieira, jurista, tornou-se em 2010 presidente executiva da AHP, depois de ter sido adjunta da presidência do Conselho de Administração da Amorim Turismo e diretora-geral do Turismo.

Questionados sobre eventuais incompatibilidades por causa das relações familiares existentes, fontes oficiais dos dois organismos garantiram estar afastado esse cenário.

Fonte oficial do gabinete de Pedro Siza Vieira referiu à agência Lusa que Cristina Siza Vieira é funcionária da AHP, que é uma “associação privada sem fins lucrativos”, que não “visa benefícios próprios”, mas antes “defender o coletivo” dos seus associados.

A mesma fonte sublinhou que quaisquer entradas em concursos, por exemplo para financiamentos europeus, têm regras definidas e júris, o que pressupõe “escrutínio dos processos”.

Também pelo lado da AHP, fonte oficial afastou qualquer possibilidade de “incompatibilidade ou conflito de interesses”, uma vez que Cristina Siza Vieira “desenvolve uma atividade no setor há mais de 20 anos”, sublinhando que a associação é “privada sem fins lucrativos”.

“A associação não visa o lucro”, afirmou a mesma fonte, que lembrou que a associação tem um presidente do Conselho Geral, que é eleito pelos associados, estando atualmente nesse cargo Raul Martins, proprietário dos hotéis Altis.

O mandato dos atuais órgãos sociais termina no final deste ano.

Pedro Siza Vieira, que já fazia parte do executivo, como ministro Adjunto, substituiu Manuel Caldeira Cabral na pasta da Economia, que agrega agora quatro secretarias de Estado, a do Turismo (Ana Mendes Godinho), Economia (João Correia Neves), Defesa do Consumidor (João Torres) e da Valorização do Interior (João Catarino).

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