O Governo quer atrair novos operadores internacionais para o transporte ferroviário de mercadorias, anunciou hoje, dia 12 de dezembro, Pedro Nuno Santos, na 4ª edição do ciclo de palestras sobre ‘Mobilidade – Tendências, Desafios, Realidades’, uma iniciativa conjunta da ‘Transportes em Revista e da SRS Advogados, que decorreu em Lisboa.
“Estamos a fazer um investimento brutal na infraestrutura ferroviária para o transporte de mercadorias. É um investimento para ser levado a sério, mas o setor do transporte ferroviário de mercadorias não está a correr bem”, admitiu o ministro das Infraestruturas.
Visivelmente insatisfeito com o ‘status quo’ neste segmento de atividade, Pedro Nuno Santos criticou: “Sei que venderam a nossa CP Carga por um valor de venda irrelevante para as contas públicas, porque dava prejuízo ao Estado e aos contribuintes e agora já não dá. Pode-se ter resolvido esse problema, mas agora temos outros. Temos empresas a comprar camiões para exportar as suas mercadorias, há empresas que querem transportar as suas mercadorias pela ferrovia e não estão a conseguir, os preços dispararam”.
“O que eu espero é que os que estão a operar neste setor se ponham ao caminho, que invistam. Vamos fazer tudo para atrair novos operadores para o transporte ferroviário de mercadorias. Temos um problema com o transporte ferroviário de mercadorias, mas o Estado está atento e não está a dormir”, alertou o ministro das Infraestruturas.
Sobre esta matéria, Pedro Nuno Santos puxou ainda de outra carta na manga, inesperada: “a CP não está impedida de voltar a entrar no transporte de mercadorias”.
A CP Carga foi comprada pela Medway, da MSC – Mediterranean Shipping Company.
A Medway, juntamente com a Takargo, do Grupo Mota-Engil, são neste momento os únicos dois operadores em Portugal no transporte ferroviário de mercadorias.
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