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Governo reitera decisão de não permitir os arraiais nos Santos Populares

A Secretária de Estado Adjunta e da Saúde referiu na conferência de imprensa da Direção Geral de Saúde que “estamos todos empenhados em acabar com a Covid-19 o mais breve possível”.
  • António Cotrim/Lusa
12 Junho 2020, 13h34

O Governo voltou esta sexta-feira a frisar que não vão ser permitidos os arraiais nos Santos Populares. Jamila Madeira, Secretária de Estado Adjunta e da Saúde deu conta na conferência de imprensa da Direção Geral de Saúde (DGS) que “infelizmente a avaliação que fazemos determinou que não fosse permitido os tradicionais arraiais nos santos populares”.

“Sabemos que a realidade é marcada por riscos que não podemos ignorar e temos de continuar a encará-la com a mesma determinação que até aqui. Reiteramos as medidas que a nível autárquico estão a ser tomadas para que esta decisão seja respeitada, salvaguardando a segurança de todos”, explicou a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde.

Jamila Madeira admitiu que “está a ser um caminho difícil aquele que temos percorrido como país, todos juntos, mas temos feito isso etapa a etapa e por isso mesmo temos que respeitar e valorizar todo o que conquistámos. Estamos todos de parabéns por isso”.

A Secretária de Estado Adjunta e da Saúde voltou a frisar que “estamos todos empenhados em acabar com a Covid-19 o mais breve possível”. Jamila Madeira foi também questionada sobre o reforço dos 500 milhões de euros para o setor da saúde ter sido considerado insuficiente pela Bastonária da Ordem dos Médicos, pedindo a duplicação desta verba.

“É importante referir que 2020 foi um ano de exceção para a saúde, fora a pandemia Covid-19. Foi um ano de exceção porque houve o maior reforço inicial ao orçamento da saúde de sempre, 941 milhões de euros. Depois disso já houve um reforço muito significativo de 256 milhões de euros, o que permitiu que em abril tivéssemos o nível de pagamentos em atraso mais baixo de sempre, isto já em plena pandemia”, afirmou.

“Pretende-se que as pessoas disfrutem dos Santos Populares mas em segurança”
Para que não restem equívocos sobre os arraiais, a diretora geral de Saúde, Graça Freitas esclareceu que para celebrar os Santos Populares – concretamente o Santo António, na zona de Lisboa – as regras de ocupação, permanência, distanciamento físico e higiene nos vários estabelecimentos comerciais devem ser reforçadas, pelo menos, até às 10h00 de domingo (14 de junho).

“Realço que não é permitida a realização de celebrações, eventos e atividades que originem a aglomeração de pessoas em número superior a dez, estando previstas medidas de fiscalização efetivas para aconselhar a não concentração de pessoas e a sua dispersão se esta concentração se estiver a verificar”, explicou Graça Freitas.

A responsável da DGS realçou que há restrições de horários nos cafés e restaurantes e nas vendas de bebidas alcoólicas e a instalação de novo mobiliário urbano no espaço público (mesas, cadeiras, fogareiros, grelhadores…) está proibida – um tema que ontem marcou a conferência de imprensa.

Assim, Graça Freitas apelou a que os Santos Populares sejam passados com a diversão possível mas sem facilitar a transmissão do vírus: “Neste período especial, pretende-se que as pessoas disfrutem do gradual processo de desconfinamento, desta nossa nova normalidade, mas que disfrutem em segurança, salvaguardando a sua saúde, bem como a saúde de todos, cumprindo as regras estabelecidas, divertindo-se, mas não facilitando”.

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